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Acionista da Portugal Telecom apoia decisão sobre Vivo

Na semana passada, a Portugal Telecom anunciou que rejeitou a oferta de 5,7 bilhões de euros feita pela espanhola Telefónica

"Acreditamos que a Vivo tem um enorme potencial de crescimento", diz OnGoing (.)

"Acreditamos que a Vivo tem um enorme potencial de crescimento", diz OnGoing (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Lisboa - A Ongoing, um dos maiores acionistas da Portugal Telecom (PT), apoia a decisão do grupo português de telecomunicações em rejeitar vender a participação na Vivo.

"Acreditamos que a Vivo tem um enorme potencial de crescimento, lidera o maior mercado da América Latina e representa o futuro da Portugal Telecom", disse em comunicado a Ongoing, quinta maior acionista da empresa portuguesa com 6,74 por cento do capital.

"O Grupo Ongoing apoia a decisão de rejeitar a venda da Vivo", acrescentou.

Na semana passada, a Portugal Telecom anunciou que o seu Conselho de Administração rejeitou a oferta de 5,7 bilhões de euros feita pela espanhola Telefónica por sua posição na Vivo.

A Telefónica, que é o maior acionista da Portugal Telecom com 10 por cento do capital, quer pressionar o grupo português a permitir que seja a Assembleia Geral de Acionistas que decida se aceita a oferta por 50 por cento da Brasilcel, holding que controla a Vivo.

A Telefónica e a Portugal têm, cada uma, 50 por cento da Brasilcel.

"Somos um investidor qualificado da Portugal Telecom --somos o maior acionista não institucional-- e apostamos num projeto estratégico que tem um grande foco na língua portuguesa, com destaque para o mercado brasileiro, e no seu potencial de crescimento", reforçou a Ongoing.

Na segunda-feira, em Madri, o primeiro-ministro português, José Sócrates, salientou que Portugal tem um interesse estratégico em evitar uma redução do alcance global da Portugal Telecom, o que ocorreria caso vendesse a posição na Vivo.

O Estado português tem uma "golden share" na Portugal Telecom, que lhe dá direito de veto em decisões estratégicas.

O Grupo Espírito Santo é o segundo maior acionista da Portugal Telecom com 7,99 por cento, a Brandes Investments Partners é o terceiro maior com 7,89 por cento e a estatal Caixa Geral de Depósitos é o quarto com 7,30 por cento.

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