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7 escândalos empresariais da última semana

Empresas como a Wells Fargo, J&F, OAS e Mastercard foram protagonistas de escândalos nesses últimos sete dias

Denúncias e investigações (enzodebernardo/Thinkstock)

Karin Salomão

Publicado em 10 de setembro de 2016 às 09h01.

São Paulo - A última semana foi intensa, com denúncias de corrupção nas empresas , investigações policiais e prisões de executivos. No começo da semana, o empreiteiro José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, foi preso pela Operação Lava Jato . Já no âmbito da Operação Greenfield, que apura desvios dos maiores fundos de pensão no Brasil, está a investigação de empresários da J&F, controladora da JBS e da Eldorado Celulose. Dois executivos da brasileira Forjas Taurus, maior fabricante de armas da América Latina, foram denunciados por terem vendido pistolas e revólveres a um dos maiores traficantes de armas do mundo, do Iêmen. Empresas internacionais, como a Wells Fargo e a Mastercard, também estão na lista. Confira os 7 escândalos empresariais ocorridos na última semana nas imagens acima.
  • 2. Wells Fargo

    2 /9(GettyImages)

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    O banco norte-americano Wells Fargo demitiu cerca de 5.300 funcionários por abrirem contas bancárias fictícias em nome de clientes, sem que estes soubessem. Os desvios começaram em 2011 e se estenderam por cinco anos. Dessa forma, os gerentes alcançavam as metas de abertura de contas que eram impostas e ganhavam bonificações e prêmios em dinheiro, disse a Agência americana de Proteção aos Consumidores de Serviços Financeiros (CFPB). O banco firmou um acordo com autoridades federais dos Estados Unidos para pagar US$ 185 milhões de multa para encerrar o caso.
  • 3. J&F, controladora da JBS e da Eldorado

    3 /9(Dado Galdieri/Bloomberg)

  • A J&F, controladora da JBS , está sendo investigada pela operação Greenfield da Polícia Federal, que apura desvios em fundos de pensão. No início da semana, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na J&F. Os alvos da operação são Funcef (fundo de pensão de funcionários da Caixa Federal), Petros (trabalhadores da Petrobras), Previ (funcionários do Banco do Brasil) e Postalis (funcionários dos Correios) e a sede da Eldorado Brasil, companhia de produção de celulose do grupo J&F. O presidente da JBS e sócio da holding J&F, Wesley Batista, e o empresário Walter Torre Junior, fundador e CEO da Wtorre, foram conduzidos coercitivamente à sede da Polícia Federal, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
  • 4. Sérgio Rosa e Previ

    4 /9(Germano Lüders/EXAME.com)

    No âmbito da Operação Greelfield, Sérgio Rosa, membro do comitê de auditoria da BRF e ex-presidente da Previ , foi afastado de seu cargo pelo Conselho de Administração da BRF . Uma ordem judicial também ordenava o afastamento de outras 40 pessoas de seus cargos e o bloqueio de R$ 8 bilhões. A empresa de alimentos manterá a decisão enquanto houver decisão judicial que impeça Rosa de exercer função ou cargo de direção em empresa ou grupo empresarial ou até nova deliberação do conselho.
  • 5. Ex-presidente da OAS

    5 /9(Luis Macedo/Agência Câmara)

    O empreiteiro José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS , foi preso nesta segunda-feira, 5. O ex-presidente da companhia foi conduzido coercitivamente e ficou preso preventivamente por ordem do juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. Um dos motivos para a prisão foi o apontamento de pagamentos ilícito da OAS em obras do Metrô, emSão Paulo, e do Estádio Fonte Nova, em Salvador (BA). "Os crimes praticados pela OAS, sob a coordenação de Léo Pinheiro, não se limitaram a contratos da Petrobras, havendo fortes indicativos de que esse grupo empresarial também praticou delitos em contratações públicas de outros órgãos no território nacional e também no exterior", sustenta o pedido de prisão preventiva feito pela força-tarefa do Ministério Público Federal, em Curitiba. Por conta da investigação da Lava Jato, a OAS também havia tido R$ 2,1 bilhões bloqueados pelo Tribunal de Contas da União, referentes ao contrato de construção da Refinaria Abreu e Lima, no começo da semana. O Supremo Tribunal Federal reverteu a decisão e liberou o valor da companhia.
  • 6. Executivos da Taurus

    6 /9(Ethan Miller/Getty Images)

    Dois executivos da brasileira Forjas Taurus, maior fabricante de armas da América Latina, foram denunciados por terem vendido armas para um dos maiores traficantes de armas do mundo. Segundo denúncia do Ministério Público Federal à Justiça Federal do Rio Grande do Sul, mais de 8.000 pistolas e revólveres foram vendidos para Fares Mohammed Mana'a, do Iêmen, para serem usadas na guerra civil do país. Os executivos teriam desviado as armas com destino a Djibuti, o que seria uma venda autorizada pelo governo, e redirecionadas para o Iêmen, país sob embargo da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2014. O país vive uma guerra civil brutal desde o início do ano, que já matou milhares de militares e civis.
  • 7. Camargo Corrêa e Embraer

    7 /9(Foto/Divulgação)

    A Embraer está sendo investigada por pagamento de propina a autoridades da República Dominicana em troca de contrato para fornecer aviões militares às forças armadas do país. O acordo, no valor de US$ 92 milhões, previa vendas de oito aviões Super Tucanos à Força Aérea do país entre 2008 e 2010, e foi conseguido graças ao pagamento de propina. Essa semana, o vice-presidente de governança e controle interno da Camargo Corrêa , que foi contratado justamente para promover medidas anticorrupção na empreiteira, tornou-se réu no processo, segundo a Folha de S.Paulo. À época Flávio Rimoli era vice-presidente jurídico da Embraer.
  • 8. MasterCard

    8 /9(Eduard Korniyenko/Reuters)

    A segunda maior rede de pagamentos do mundo está sendo processada por um ex-obudsman de serviços financeiros na Inglaterra, acusada de cobrar tarifas excessivas. O processo, que demanda o equivalente a US$ 19 bilhões da Mastercard , afirma que a companhia cobrou tarifas ilegais de lojistas sobre vendas e que estas tarifas foram repassadas na forma de preços maiores cobrados dos consumidores. Segundo os documentos, a Mastercard fez isso durante 16 anos, entre 1992 e 2008. A Mastercard negou qualquer ato indevido. "Continuamos a não concordar firmemente sobre as bases desta acusação e pretendemos nos opor vigorosamente", disse.
  • 9. Confira também

    9 /9(Germano Luders/Exame/Exame Hoje)

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