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6 companhias japonesas atingidas por grandes problemas

Má gestão, rombos contábeis e até desastres naturais atrapalham empresas que já foram invejadas em todo o mundo

Daniela Barbosa

Publicado em 1 de março de 2012 às 15h23.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h26.

A Sony estima perdas de 2,9 bilhões de dólares no ano fiscal que se encerra agora em março. Caso o prejuízo seja realmente confirmado, este será o quarto ano consecutivo que a companhia de eletroeletrônicos ficará no vermelho. Concorrentes mais ágeis, a valorização do iene frente ao dólar, as inundações da Tailândia e as vendas fracas nos Estados Unidos e mercado europeu colaboraram para o desempenho fraco em 2011.

No ano passado, a Sony precisou encerrar as operações em algumas de suas fábricas e enxugar sua cadeia de abastecimento.

Apesar da má fase, a companhia tem buscado maneiras de se reposicionar no mercado e uma de suas apostas é o segmento de videogames.

Recentemente, a companhia anunciou que já vendeu 1,2 milhão de cópias do portátil PlayStation Vita, que começou a ser comercializado em dezembro no Japão e chegou aos mercados americano e europeu no mês passado.
  • 2. Olympus

    2 /6(Calgary Reviews/Flickr)

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    A Olympus é responsável por uma das maiores fraudes contábeis já registradas no mundo corporativo. Além disso, a companhia é suspeita de se envolver com a máfia japonesa. O problema da Olympus começou a aparecer quando seu ex-CEO, Michael Woodford, decidiu abrir um inquérito para investigar suspeitas de más condutas da empresa anos atrás. A verdade é que as operações só existiram para maquiar um rombo financeiro da companhia no passado. O mercado estima que o valor da fraude ultrapasse a cifra de 1,5 bilhão de dólares. As investigações ainda prosseguem e uma nova diretoria deve assumir o comando da empresa ainda neste semestre.
  • 3. Panasonic

    3 /6(Divulgação)

  • No final do ano fiscal, que termina agora em março para as companhias japonesas, a Panasonic estima perdas recordes de cerca de 10 bilhões de dólares. Boa parte do prejuízo é está relacionada a problemas de gestão e ao último CEO, Fumio Ohtsubo, que não soube reagir diante dos concorrentes.

    Outro erro observado pelo mercado foi a compra da Sanyo, em 2008, por 8,8 bilhões de dólares. Apesar de a operação ter tornado a Panasonic a maior empresa do setor de eletroeletrônicos do Japão,  não trouxe sinergias suficientes que justificassem a aquisição.

    Nesta semana, a companhia anunciou a troca de CEO e Kazuhiro Tsuga deve assumir o posto em breve. Ao executivo, foram feitos dois pedidos: reverter os prejuízos dos últimos anos e transformar a empresa em uma competidora global do setor de eletroeletrônico.
  • 4. Toyota

    4 /6(Toshifumi Kitamura/AFP)

    O iene valorizado frente ao dólar prejudicou o desempenho da Toyota em 2011, mas o terremoto no Japão, em março do ano passado, e as inundações na Tailândia corroboraram para que o resultado financeiro da montadora fosse ainda pior.

    No último trimestre de 2011, os ganhos da montadora japonesa caíram 13,5%. As vendas nos Estados Unidos tiveram queda de 7% e no Japão de 23%.

    Com o desempenho mais fraco, a Toyota perdeu o posto de maior montadora do mundo para a General Motors.
  • 5. Honda CR-V 2013

    5 /6(Divulgação)

    Assim como a Toyota, a Honda também foi prejudicada em 2011 pelos desastres naturais que atingiram a Ásia. A montadora prevê uma queda de 65% nos lucros do ano fiscal de 2011, que termina em março. O número é pior do que o esperado após as previsões negativas por conta de desastres naturais no Japão e Tailândia, além do fortalecimento do iene.

    No ano passado, a produção da Honda caiu para 2,91 milhões de carros, cerca de um quinto da sua capacidade produtiva mundial. Em oito anos, foi a primeira vez que o número ficou abaixo dos 3 milhões.
  • 6. Nikon

    6 /6(Divulgação)

    No último trimestre de 2011, a Nikon registrou prejuízo de 48,5 milhões de dólares. As perdas estão relacionadas às inundações na Tailândia, que paralisaram por mais de três meses as fábricas da Nikon no país. Para o ano fiscal, que termina agora em março, a Nikon estima que seus resultados financeiros ainda sintam os efeitos das paralisações.  Em janeiro, a companhia retomou parte da produção, que deve ser totalmente normalizada neste mês.
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