25 empresas que quebraram ou passaram perto disso em 2013
Via Uno, Laselva, Agrenco, Atari: veja quem não deu certo nesse ano
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 10h26.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h21.
São Paulo - Vários fracassos marcaram o mundo dos negócios em 2013. Entre falências e recuperações judiciais, figuraram grandes nomes como OGX, OSX, TelexFREE, LBR e Hermes. Até companhias de mais de 200 anos fecharam as portas - como a francesa Pleyel. Agora, veja aqui quem quebrou e quem se esforçou muito para isso.
Em 21 de novembro, a petroleira criada por Eike Batista teve o pedido de recuperação judicial feito no cerca de 20 dias antes aceito pela Justiça do Rio. Com dívidas de cerca de 4 bilhões de reais, a companhia é protagonista de um dos maiores processos do tipo na história da América Latina.
Criada por Eike Batista, a empresa de construção naval fez seu pedido de recuperação judicial em novembro. Aceito pela justiça 14 dias depois, o processo envolve dívidas de cerca de 4,5 bilhões de reais. No Rio, a 4ª Vara Empresarial toca a recuperação.
Em recuperação judicial desde 2005, a Vasp teve sua falência (decretada pela justiça de São Paulo em 2008) confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça em 11 de junho de 2013. Entre as razões da decisão, está o fato de a companhia aérea não ter conseguido cumprir seu plano de reestruturação.
A rede de livrarias devia cerca de 120 milhões de reais em maio - quando pediu sua recuperação judicial. Fundada em 1947, a companhia conta 57 lojas espalhadas pelos aeroportos do país e vinha diversificando seu negócio desde 2008.
Importante empresa do setor de vendas por catálogos, a Hermes devia cerca de 600 milhões de reais em novembro, quando a companhia fez seu pedido de recuperação judicial. A solicitação foi deferida pela justiça 10 dias depois. Com 1.800 funcionários, a empresa trabalha hoje com aproximadamente 500.000 revendedores.
Varejista do setor de calçados, a Via Uno pediu em setembro sua recuperação judicial. Com 20 anos de atividades, a companhia gaúcha teve a solicitação aceita pela 6ª Câmara Civil do Rio Grande do Sul naquele mesmo mês.
Em fevereiro de 2013, a LBR entrou com pedido de recuperação judicial. uma das escolhidas pelo governo para ser campeã nacional, a empresa tinha dívidas de cerca de 1 bilhão de reais à época. Entre as marcas da companhia, estão Parmalat, Poços de Caldas e Boa Nata.
Com 2.000 empregados e 260 lojas, a Blockbuster inglesa teve sua falência decretada em janeiro. Apenas no ano passado, a companhia registrou prejuízo de 11,2 milhões de libras e faturamento 15,3% menor do que em 2011. Em março, o fundo Gordon Brothers comprou as operações da empresa no país.
Pioneira na indústria dos videogames, a Atari Inc pediu falência em Janeiro nos EUA. O objetivo da medida era separar a empresa de sua matriz francesa, num movimento que visa a entrada da companhia no ramo dos jogos para celular. Com 31 anos de existência, a Atari é criadora de jogos históricos - como o Pong.
A RDA, holding que controla a revista Reader's Digest, pediu falência em fevereiro - após acumular dívidas de cerca de 465 milhões de dólares. Presente em 42 países, o grupo publica 75 revistas. Só a Reader's conta com 25 milhões de leitores e vende mais de 300.000 exemplares no Brasil.
Fernando Cesar Viana, juiz da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, decretou em maio a falência da joalheria carioca Natan. Com todas as lojas fechadas, a companhia acumulava 14,5 milhões de dólares em dívidas. À época, comentou-se que os problemas contábeis e gerenciais da empresa teria começado por volta de 2006.
Uma dívida de 1 bilhão de dólares levou em setembro a FriendFinder Networks a pedir recuperação judicial. Sem lucros desde 2006, a companhia americana é proprietária do site de encontros AdultFriendFinder e da revista Penthouse, concorrente da Playboy atropelada pela oferta de pornografia na internet.
Com as contas desafinadas, a Ópera de Nova York foi mais uma vítima da recuperação judicial. Devendo cerca de 5,6 bilhões de dólares, a organização deu início ao processo em 3 de outubro. Criado há 70 anos, o grupo só conseguiu levantar 2 milhões dos 7 milhões de dólares que precisava numa campanha para cobrir seus gastos.
Fornecedora de pianos para artistas como Ravel, Stravinsky e Chopin, a Pleyel e seus 14 artesãos encerraram as atividades no começo de novembro - após 206 anos de funcionamento. Os altos custos de fabricação e a competição com chineses estão entre as razões para a falência da companhia francesa, que vendia itens de até 270.000 dólares.
Fabricante de TVs, notebooks e outros aparelhos eletroeletrônicos, a H-Buster pediu recuperação em março. Com dívidas avaliadas em R$ 500 milhões de reais, a companhia tem fábricas em Manaus (AM) e Cotia (SP).
A terceiro fabricante de eletrodomésticos do país pediu em 3 de maio sua recuperação judicial. Fruto da fusão da Dalo com a CCE há nove anos, a empresa sofria com problemas de liquidez e com o desaquecimento das vendas de produtos de linha branca em 2013.
Em janeiro quando a Refinaria Manguinhos pediu à Justiça Fluminense sua recuperação judicial. Com mais de 60 anos, a companhia com sede na zona norte do Rio optou pela medida em função da desapropriação do imóvel onde está localizada pelo governo estadual - entre outros motivos.
Companhia de construção naval, a sul-coreana STX pediu sua recuperação judicial em 7 de junho de 2013. Entre os clientes da empresa, estão nomes importantes - como Vale e Fibria. Com dívidas de quase 5 bilhões de dólares, o estaleiro atribuiu a adoção da medida aos contratos de longo prazo - entre outras razões.
Após uma recuperação judicial mal-sucedida, os credores da Agrenco optaram pela falência da empresa em 26 de julho de 2013. Com dívidas de 1,5 bilhão de reais, a companhia atuava no setor do agronegócio e elaborou um plano de reestruturação que não agradou o suficiente.
Companhia processadora de soja, a Imcopa pediu falência em 10 de janeiro de 2013. A razão foi o alto nível de endividamento junto aos bancos, que ficou ainda mais grave após a crise financeira de 2008. A empresa contava com duas unidades de processamento no Paraná: uma em Cambé e outra em Araucária - onde fica a sede da companhia.
Dívidas de 170 milhões de reais levaram o Grupo Modelo, do Mato Grosso, a pedir recuperação judicial em fevereiro desse ano. Ao todo, a companhia devia a 3.400 credores - entre eles, 2.300 funcionários que esperavam receber mais de 2 milhões de reais da empresa.