2015 repetirá 2014 em fusões e aquisições, avalia Anbima
Segundo coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima, os investidores estrangeiros buscam, ao olhar para o Brasil, as empresas líderes de mercado
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 15h47.
São Paulo - O ano de 2015 deverá ser marcado por grandes transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no Brasil, disse na tarde desta quinta-feira, 12, o coordenador do subcomitê da área da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais ( Anbima ), Ubiratan Machado.
"O Brasil não tem hoje o mesmo estrelismo que detinha há alguns anos, mas bons casos e boas empresas, bem posicionadas no mercado, continuam sendo muito atraentes", explicou Machado em teleconferência com a imprensa.
Segundo ele, os investidores estrangeiros buscam, ao olhar para o Brasil, as empresas líderes de mercado.
Esse fator, segundo o coordenador do subcomitê da Anbima, explica o número menor de operações registrado no ano passado, mas com um valor transacionado maior.
Em 2014, o volume de fusões e aquisições no Brasil somou R$ 193 bilhões, um aumento de 16,6% sobre os R$ 165 bilhões de 2013.
O número de operações entretanto caiu de 181 para 146.
Conforme o relatório divulgado pela entidade, nove das dez maiores transações tiveram volume superior a R$ 5 bilhões.
"Os estrangeiros perceberam que para se estabelecer no Brasil com uma operação rentável não se pode comprar ativos com pouca escala para tentar competir. Eles visam agora líderes de mercado, com plataformas estabelecidas", destaca Machado.
Para o estrangeiro, o atual patamar da taxa de câmbio, com a forte valorização do dólar em relação ao real, também torna mais atrativo fazer negócios por aqui.
"Muitos players olham o Brasil com interesse nesse patamar de dólar", diz.
Private equity
O coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima diz que se esperava que a atuação dos fundos de private equity fosse mais intensa no ano passado.
"Eles ainda não estão em um momento de maior agressividade de compras, mas de espera".
Segundo Machado, se projetava que esses fundos, que compram participações de empresas, funcionassem mais intensamente como uma alternativa de capitalização das empresas, em um ano de mercado de capitais com atividade fraca.
Em 2014, o mercado brasileiro teve apenas uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
"Ao final, não sentimos um acréscimo de participação dos private equity, que ficou em linha", disse.
Segundo divulgação feita pela entidade, a participação direta de fundos de private equity em transações de fusões e aquisições caiu no ano passado, movimentando R$ 25,6 bilhões contra R$ 26,7 bilhões em 2013.
Lava Jato
Machado espera ainda que o mercado de fusões e aquisições registre uma movimentação neste ano como consequência da operação Lava Jato, com muitas companhias tendo que se desfazer de ativos para se capitalizarem, diante das portas fechadas para o acesso ao crédito.
Além das transações nesse setor, devem marcar 2015 operações nos setores de telecomunicação, financeiro e saúde, este último por conta da flexibilização da legislação que passou a permitir o investimento estrangeiro em hospitais.
São Paulo - O ano de 2015 deverá ser marcado por grandes transações de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no Brasil, disse na tarde desta quinta-feira, 12, o coordenador do subcomitê da área da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais ( Anbima ), Ubiratan Machado.
"O Brasil não tem hoje o mesmo estrelismo que detinha há alguns anos, mas bons casos e boas empresas, bem posicionadas no mercado, continuam sendo muito atraentes", explicou Machado em teleconferência com a imprensa.
Segundo ele, os investidores estrangeiros buscam, ao olhar para o Brasil, as empresas líderes de mercado.
Esse fator, segundo o coordenador do subcomitê da Anbima, explica o número menor de operações registrado no ano passado, mas com um valor transacionado maior.
Em 2014, o volume de fusões e aquisições no Brasil somou R$ 193 bilhões, um aumento de 16,6% sobre os R$ 165 bilhões de 2013.
O número de operações entretanto caiu de 181 para 146.
Conforme o relatório divulgado pela entidade, nove das dez maiores transações tiveram volume superior a R$ 5 bilhões.
"Os estrangeiros perceberam que para se estabelecer no Brasil com uma operação rentável não se pode comprar ativos com pouca escala para tentar competir. Eles visam agora líderes de mercado, com plataformas estabelecidas", destaca Machado.
Para o estrangeiro, o atual patamar da taxa de câmbio, com a forte valorização do dólar em relação ao real, também torna mais atrativo fazer negócios por aqui.
"Muitos players olham o Brasil com interesse nesse patamar de dólar", diz.
Private equity
O coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima diz que se esperava que a atuação dos fundos de private equity fosse mais intensa no ano passado.
"Eles ainda não estão em um momento de maior agressividade de compras, mas de espera".
Segundo Machado, se projetava que esses fundos, que compram participações de empresas, funcionassem mais intensamente como uma alternativa de capitalização das empresas, em um ano de mercado de capitais com atividade fraca.
Em 2014, o mercado brasileiro teve apenas uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
"Ao final, não sentimos um acréscimo de participação dos private equity, que ficou em linha", disse.
Segundo divulgação feita pela entidade, a participação direta de fundos de private equity em transações de fusões e aquisições caiu no ano passado, movimentando R$ 25,6 bilhões contra R$ 26,7 bilhões em 2013.
Lava Jato
Machado espera ainda que o mercado de fusões e aquisições registre uma movimentação neste ano como consequência da operação Lava Jato, com muitas companhias tendo que se desfazer de ativos para se capitalizarem, diante das portas fechadas para o acesso ao crédito.
Além das transações nesse setor, devem marcar 2015 operações nos setores de telecomunicação, financeiro e saúde, este último por conta da flexibilização da legislação que passou a permitir o investimento estrangeiro em hospitais.