21 empresas que anunciaram demissão em massa desde agosto
Grandes companhias confirmaram, nos últimos dois meses, planos de reestruturação e corte relevante no quadro de funcionários, para conter crise
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 14h33.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h27.
O grupo tecnológico alemão Siemens anunciou, no último final de semana, a redução de 15.000 postos de trabalho. As demissões ocorrerão até 2014 e fazem parte de um programa de economia da empresa, que pretende economizar mais de 8,1 bilhões de dólares.
O Citigroup anunciou, na última semana, a demissão de 1.000 funcionários do segmento hipotecário. O corte ocorreu devido ao fim do boom de refinanciamento que não movimenta como antes o setor bancário dos Estados Unidos . Até o momento, 7.000 pessoas foram demitidas em grandes credores.
O mês de setembro não está nada positivo para a fabricante canadense de celulares BlackBerry . Além de ter confirmado um prejuízo de quase 1 bilhão de dólares no segundo trimestre do ano fiscal de 2014, a empresa informou que 4.500 funcionários serão demitidos. Com o corte, a canadense espera reduzir aproximadamente 50% de suas despesas operacionais para o final do primeiro trimestre do ano fiscal de 2015.
Em setembro, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, comunicou que o Programa de Incentivo ao Desligamento (PID) deve fechar com adesão de 5.400 funcionários. A medida pode reduzir a força de trabalho de 28.000 para 23.000 empregados. O PID faz parte da estratégia da estatal de diminuir seus custos após a Medida Provisória (MP) 579, a qual provocou a perda anual de 8,75 bilhões de reais na receita do grupo.
O plano de reestruturação da Eletrobras, acionista maior da Furnas, refletiu, também, no quadro de funcionários da empresa. Em comunicado, a companhia informou que mais 400 empregados deverão ser cortados até o final do ano, em decorrência ao Programa de Incentivo ao Desligamento da Eletrobras. Até o momento, a Furnas já contabiliza a saída de cerca de 1.200 pessoas de sua força de trabalho.
A Air France , companhia aérea francesa, divulgou em também em setembro que planeja demitir mais de 2.800 funcionários até o final de 2014. O objetivo da empresa é recuperar a lucratividade da empresa, que não escapou da crise que afeta as companhias aéreas que atuam na Europa. Em 2012, a empresa chegou a anunciar 5.100 cortes de empregos, num plano de reestruturação do grupo Air France-KLM .
A empresa alemã Lanxess, conhecida por ser a maior fabricante mundial de borracha sintética para pneus, afirmou que pretende cortar 1.000 postos de trabalho. O plano de reestruturação ocorrerá a partir de 2015, para compensar a fraca demanda da indústria automotiva. Com as demissões, a empresa pretende economizar 100 milhões de euros.
A Boeing confirmou a demissão de 3.000 funcionários, após decidir interromper a fabricação da aeronave militar de transporte C-17 em 2015. O corte fará parte do programa de 30 anos de idade. De acordo com a empresa, o plano afetará também mais de 650 fornecedores em 44 estados dos Estados Unidos, que empregam cerca de 20.000 pessoas. Em nota, Dennis Muilenburg, presidente-executivo da divisão de Defesa, Espaço e Segurança da Boing, explicou que os clientes da empresa enfrentam ambientes de orçamentos muito difíceis.
Assim como o Citigroup, a Wells Fargo não escapou da má fase no setor hipotecário americano. Considerado o maior credor hipotecário dos Estados Unidos, a empresa informou este mês que demitirá 1.800 funcionários. O corte será realizado em seu negócio de empréstimos para moradia, em decorrência a uma demanda menor para refinanciamentos em meio a taxas de juros mais altas.
O conglomerado anglo-australiano Rio Tinto , que atua no segmento de mineração, i nformou em agosto que espera queda na produção e o corte de empregos em sua mina de carvão de Warkworth, no leste da Austrália. A empresa está envolvida em uma disputa judicial com alguns moradores de Bulga, perto da mina Warkworth, que avaliam que a expansão da unidade pode destruir a comunidade.
A Cemig informou que o número de funcionários a aderir ao programa de demissão voluntária (PDV) em curso na companhia deve chegar a 1.300 até o final deste ano. Durante o primeiro semestre, a empresa realizou uma provisão de 112,4 milhões de reais relacionada a esse programa. O objetivo é chegar em 2014 em uma situação relativamente boa.
Antes de ser vendida para a Microsoft , a Nokia , fabricante de equipamentos para celulares, avaliou a possibilidade de cortar 8.500 postos de trabalho. Com a medida, a empresa reduziria o quadro de funcionários a 42.000 até 2014.
O banco francês Natixis comunicou em agosto que planeja cortar de 500 a 700 postos de trabalho. As demissões ocorrerão por intermédio de um programa de demissão voluntária, segundo o periódico francês Le Journal du Dimanche.
A taiwanesa High Tech Computer Corporation, HTC , conhecida por fabricar smartphones, demitiu em agosto cerca de 20% de sua equipe situada nos Estados Unidos. A medida foi tomada para simplificar as operações após um período de crescimento. No entanto, o corte fez as ações da empresa caírem logo após o anúncio de demissão.
Em setembro, a Microsoft anunciou o corte de dezenas de redatores terceirizados de seu serviço de notícias e portal de entretenimento MSN. O corte foi confirmado pelo porta-voz da empresa, todavia, a Microsoft não divulgou quantas pessoas no total foram desligadas do portal.
Em agosto, a Walt Disney Co anunciou a demissão de 175 funcionários do grupo de televisão ABC, o equivalente a 2% do quadro de funcionários. A decisão foi tomada após revisão realizada em toda a companhia, a qual visou cortes em postos que a Disney não necessitaria mais, seja na esteira de melhorias tecnológicas ou pela repetição de cargos após inúmeras aquisições fechadas nos últimos anos.
A Anglo American Platinum , produtora de platina, confirmou, no final de agosto, o acréscimo de 900 funcionários no plano de reestruturação, o qual prevê demissões na companhia. Não há informações de quantas pessoas foram desligadas da empresa no total, no entanto, a proposta era eliminar 6.000 postos de trabalho em áreas operacionais e 900 no setor corporativo.
Após anunciar o fechamento da fábrica em Americana, no interior de São Paulo, a Vicunha , fabricante têxtil, demitiu cerca de 300 funcionários. Há pelo menos um ano, a companhia vinha ensaiando o fechamento da sua unidade em Americana, mas a decisão final só veio em agosto, após sofrer perdas com a concorrência com os produtos importados da China, que vêm minguando cada vez mais a indústria têxtil brasileira.
Outra grande empresa mundial que anunciou corte no quadro de funcionários foi a sul-africana Amplats. Em agosto, a número um mundial da platina informou que planejava cortar 6.900 empregos a partir de setembro. Em comunicado, a empresa afirmou que a reestruturação pretende restaurar a rentabilidade do grupo para garantir o desenvolvimento da companhia a longo prazo.
A Sagittarius Mines, na qual a Glencore Xstrata possui 62,5% de controle, anunciou o corte de até 920 empregos no projeto de cobre e ouro nas Filipinas. O projeto, conhecido por Tampakan, está avaliado em 5,9 bilhões de dólares, segundo informações da empresa. As demissões serão realizadas em consequência das dificuldades que a companhia enfrenta para obter autorizações ao projeto.
A Toshiba anunciou nesta segunda-feira (30) a demissão de 3.000 funcionários da sua unidade de televisores. Além disso, a empresa encerarrá a produção em duas, de três fábricas no exterior antes do final deste ano fiscal. Até o momento a empresa não informou quais fábricas serão fechadas. Em nota, a Toshiba afirmou que espera aumetar a rentabilidade da companhia na segunda metade deste ano fiscal.
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