15 empresas que planejam investimentos bilionários no Brasil
Veja as companhias estrangeiras e nacionais que querem ampliar suas operações no mercado brasileiro
Daniela Barbosa
Publicado em 12 de agosto de 2013 às 06h12.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h30.
São Paulo – Promissor - é assim que muitas companhias definem o Brasil para suas operações e, por isso, algumas delas planejam investir na sua expansão por aqui. Somente em agosto, pelo menos três empresas anunciaram investimentos bilionários para suas operações no país. Entre elas, a montadora japonesa Honda, que vai construir sua segunda fábrica no Brasil. Veja, a seguir, 15 anúncios de investimentos recentes e bilionários feitos para o Brasil:
O Brasil já dado como certo para receber um investimento de 2,5 bilhões de reais da General Motors . O montante estava sendo disputado também por mais dois países. A unidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, tem grandes chances de receber o aporte, afirmou o presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila, na última semana à imprensa.
A Ambev vai investir 1 bilhão de reais na construção de uma nova unidade em Ponta Grossa, no interior do Paraná. A unidade ocupará uma área total de 2,6 milhões de metros quadrados. A construção terá início no próximo dia 1º de setembro, com previsão de inauguração em janeiro de 2015.
A Anglo American, uma das maiores mineradoras do mundo, investirá 1,3 bilhão de dólares na produção de nióbio e fosfato nas unidades industriais que possui em Goiás. A informação foi feita pelo presidente global da Anglo American, Mark Cutifani, e foi divulgada em julho. Os aportes de recursos serão feitos em duas etapas. Na primeira serão investidos 325 milhões de dólares na produção de nióbio, na planta industrial de Ouvidor (GO).
A Honda vai construir mais uma fábrica no Brasil e, para isso, planeja investimentos de cerca de 1 bilhão de reais. A unidade deve ser instalada na cidade de Itirapina, interior de São Paulo. O anúncio oficial do investimento foi feito nesta semana. A nova fábrica irá produzir veículos compactos. A montadora já possui uma unidade em Sumaré, interior paulista, mas opera no limite de sua capacidade.
Furnas, empresa do grupo Eletrobras, pretende realizar investimentos de 4 bilhões de reais em projetos com parceiros, nos próximos anos. Metade do investimento será feito com recurso próprio, segundo o presidente da estatal Flávio Decat. "Vamos investir por ano uns 2 bilhões de equity o que dá uns 4 bilhões de investimento por ano (com parceiros)", disse o executivo recentemente à imprensa.
A Oi pretende investir mais de 3 bilhões de reais entre 2013 e 2016 para projetos de expansão, modernização e ampliação de rede de comunicação de dados, rede fixa, infraestrutura de rede e rede móvel. Parte desse valor virá da captação de emissão de debêntures, segundo informações da companhia. O valor total da emissão será, inicialmente, de 800 milhões de reais, podendo ser ampliado em razão dos lotes suplementares e adicionais.
Mais uma montadora tem planos para explorar o mercado brasileiro e instalar por aqui uma fábrica. Em junho, o governo de Sergipe e a Amsia Motors vão assinar protocolo para instalação de uma unidade no estado nordestino. Os investimentos previstos giram em torno de 1 bilhão de reais. A Amsia atua por meio de parcerias com montadoras chinesas, mas é controlada por um grupo árabe. Com uma linha de produção que abrange diversos segmentos de automóveis, além de ônibus e caminhões, a montadora planeja fabricar, no Brasil, carros híbridos e elétricos. Os planos são de gerar aproximadamente 4.000 empregos diretos.
A mineradora Ferrous recebeu um estudo que atesta a viabilidade da expansão da Mina de Viga, em Minas Gerais, principal ativo da companhia. A certificação foi o sinal verde para a busca de financiamento para o projeto. Com o investimento, a Ferrous prevê atingir uma produção de 40 milhões de toneladas por ano de minério até 2026. O plano estratégico vai requerer aporte de 3,38 bilhões de dólares até 2018, incluindo além de Viga, as minas Viga Norte e Serrinha, todas no quadrilátero ferrífero mineiro.
A Celulose Riograndense, empresa do grupo chileno CMPC, lançou na semana passada a pedra fundamental das obras de ampliação de seu complexo industrial em Guaíba, região metropolitana de Porto Alegre. O projeto vai elevar a capacidade instalada no local das atuais 450.000 para 1,8 milhão de toneladas por ano. O investimento total, incluindo florestas e logística, deve ficar em 5 bilhões de reais.
Em abril, o grupo Pão de Açúcar anunciou que planeja investir mais de 2 bilhões de reais neste ano. A proposta foi aprovada pelo conselho de administração da varejista e a decisão foi unanime entre os conselheiros presentes na reunião. Os aportes previstos para o ano serão destinados para abertura de novas lojas, aquisição de terrenos, conversão de lojas, reformas, infraestrutura em tecnologia da informação e logística.
A Petrobras vai investir mais de 90 bilhões de reais neste ano, o montante é 9,5% maior que os aportes feitos pela petroleira em 2012. Em março, a companhia divulgou seu plano de negócios, com previsão de investimentos de 236,7 bilhões de dólares entre 2013 e 2017. O valor é apenas 200 milhões de dólares superior ao plano anterior.
A Coca-Cola anunciou que vai investir 1 bilhão de reais na construção de uma nova fábrica de bebidas no Rio de Janeiro. O plano é que a unidade, que ficará localizada em Duque de Caxias, entre em operação em 2014. A fábrica terá capacidade para produzir 1,2 bilhão de litros de bebidas por ano e visa a atender o aumento de demanda esperado durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016
A Volkswagen anunciou um plano de investimentos de 8,7 bilhões de reais para o Brasil. O montante será destinado à capacitação e desenvolvimento de novos produtos e tecnologia no Brasil. Os investimentos estão previsto até 2016.
A Odebrecht pretende investir 15 bilhões de reais entre os anos 2013 a 2015, sendo que 6 bilhões de reais deverão ocorrer no Brasil e restante em outros países. Segundo Marcelo Odebrecht, presidente da companhia, do montante investido 5 bilhões de reais serão destinados para operações no setor de energia, sendo 80% no exterior e 20% no Brasil. O restante será aplicado em áreas de infraestrutura, entre elas rodovias e portos, 5 bilhões de reais serão destinados ao Brasil.