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WikiLeaks: carcereiro de Ingrid Betancourt tentou acordo para ir à França

Aguilar também queria que as autoridades colombianas liberassem sua esposa e filha no âmbito deste 'acordo', que acabou não se concretizando

Um guerrilheiro tentou um acordo para ir à França em troca da liberdade de Betancourt (AFP/Arquivo Arno Burgi)
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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2011 às 09h27.

Bogotá - O guerrilheiro colombiano Gerardo Aguilar tentou, em junho de 2008, um acordo com o governo para ir à França em troca da libertação da então refém das Farc, Ingrid Betancourt, de quem tomava conta na selva, segundo telegramas confidenciais divulgados pelo site Wikileaks.

Aguilar, conhecido como 'César' e extraditado em 2009 para os Estados Unidos, onde foi condenado a 27 anos de prisão por tráfico de drogas, propôs o acordo ao governo, segundo o documento emitido pela embaixada americana na Colômbia em 24 de junho de 2008, pouco antes do resgate da franco-colombiana Betancourt e de outras 14 pessoas na opração "Xeque", em 2 de julho de 2008.

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Uma fonte anônima "nos disse em 13 de junho que a Igreja está em contato indireto com 'César' que supostamente está tentando com que o governo colombiano se comprometa a permitir que ele, seus familiares e qualquer outro guerrilheiro que decida se desmobilizar, tenha acesso a um passe seguro para a França, em troca da libertação de Betancourt", diz a nota.

Aguilar também queria que as autoridades colombianas liberassem sua esposa e filha no âmbito deste 'acordo', que acabou não se concretizando.

A operação 'Xeque' permitiu ao Exército colombiano resgatar Ingrid Betancourt, os americanos Marc Gonsalves, Thomas Howes e Keith Stansell, e onze militares e policiais colombianos nas selvas no sudeste do país andino.

Neste dia também foram detidos 'César' e o guerrilheiro Alexander Farfán, a quem o alto comando das Farc acusaram de traição.

Outro documento confidencial americano, com procedência de Bogotá e datado de 5 de junho de 2007 destacou que o ex-presidente colombiano Alvaro Uribe (2002-2010) se propunha a libertar 200 guerrilheiros das Farc "por pressões da França e da Suíça para promover um intercâmbio humanitário".

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