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Vítimas de violência no México pedem pacto de união entre candidatos

Os ativistas reivindicaram uma mudança de estratégia militarizada de combate aos grupos criminosos

O MPJD exige que o futuro governo do México dê um giro à estratégia antidrogas para que o combate ao tráfico de entorpecentes seja considerado "um problema de saúde" (Serigio Hernandez/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2012 às 22h47.

México - Representantes das mais de 50 mil vítimas da violência no México confrontaram nesta segunda-feira os quatro candidatos à Presidência do país e lhes pediram um acordo de 'união nacional' para devolver a paz à nação.

Em um encontro convocado pelo Movimento pela Paz com Justiça e Dignidade (MPJD), liderado pelo poeta Javier Sicilia, os ativistas reivindicaram uma mudança de estratégia militarizada de combate aos grupos criminosos para que 'não siga subordinada aos interesses dos Estados Unidos'.

O eventual acordo solicitado deveria ficar pronto antes do dia 10 de junho - data do segundo debate entre os quatro candidatos presidenciais - e servir para introduzir na campanha 'esta emergência' que vive o México pela violência, segundo o Movimento.

O MPJD exige que o futuro governo do México dê um giro à estratégia antidrogas para que o combate ao tráfico de entorpecentes seja considerado 'um problema de saúde, não de segurança nacional', o que implicaria 'desmilitarizar o país no menor tempo possível'.

Além disso, os porta-vozes das vítimas consideraram indispensável buscar avanços em 'uma lei sobre desaparecimento forçado' em um país que acumula mais de 20 mil casos, segundo a plataforma civil criada em maio de 2011 por Javier Sicilia.

O poeta lembrou que os ativistas não participaram o diálogo desta segunda-feira para apoiar um candidato específico, mas para construir 'essa união nacional que permita à nação realizar seu sonho' de viver em paz.

Ele lamentou que as campanhas eleitorais, nas quais serão investidos 25 bilhões de pesos (quase US$ 1,8 bilhão), pareçam 'a continuação da violência por outros meios'. Depois cedeu a palavra aos políticos mas, terminados seus discursos, fez-lhes duras acusações em nome do MPJD.

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O eventual acordo solicitado deveria ficar pronto antes do dia 10 de junho - data do segundo debate entre os quatro candidatos presidenciais - e servir para introduzir na campanha 'esta emergência' que vive o México pela violência, segundo o Movimento.

O MPJD exige que o futuro governo do México dê um giro à estratégia antidrogas para que o combate ao tráfico de entorpecentes seja considerado 'um problema de saúde, não de segurança nacional', o que implicaria 'desmilitarizar o país no menor tempo possível'.

Além disso, os porta-vozes das vítimas consideraram indispensável buscar avanços em 'uma lei sobre desaparecimento forçado' em um país que acumula mais de 20 mil casos, segundo a plataforma civil criada em maio de 2011 por Javier Sicilia.

O poeta lembrou que os ativistas não participaram o diálogo desta segunda-feira para apoiar um candidato específico, mas para construir 'essa união nacional que permita à nação realizar seu sonho' de viver em paz.

Ele lamentou que as campanhas eleitorais, nas quais serão investidos 25 bilhões de pesos (quase US$ 1,8 bilhão), pareçam 'a continuação da violência por outros meios'. Depois cedeu a palavra aos políticos mas, terminados seus discursos, fez-lhes duras acusações em nome do MPJD.

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