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Visitação ao corpo de Chávez ficará aberta por mais 7 dias

O presidente venezuelano será embalsamado e depositado em uma urna de cristal

Rosa Virginia, filha de Hugo Chávez, a ex-senadora colombiana, Piedad Córdoba, e o vice-presidente venezuelano, Nicolas Maduro, olham caixão do presidente durante velório na academia militar (REUTERS / Palácio de Miraflores)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 07h04.

Caracas - Faltando menos de 24 horas para que terminasse o tempo previsto para a visitação ao corpo do ex-presidente Hugo Chávez , o governo venezuelano anunciou que o velório continuará aberto ao público por mais sete dias e que, depois, ele será embalsamado e depositado em uma urna de cristal.

O anúncio, feito pelo presidente em exercício, Nicolás Maduro, atende ao clamor popular, já que em dois dias de visitação milhares de pessoas não conseguiram se aproximar da capela da Academia Militar.

Ao anunciar a mudança, Maduro disse que o corpo será embalsamado para que “fique aberto eternamente”.

Para chegar perto do caixão de Chávez na capela, uma pessoa demorava, em média, dez horas nessa quinta-feira (7), o segundo dia de visitação. Caravanas de várias regiões do país chegaram a Caracas.

A fila formava quatro corredores que davam voltas de mais de seis quilômetros, de acordo com policiais que garantiam a segurança no local.

A costureira Estefanie Carvalho, 27 anos, levou o filho, Eudes, de quatro meses, que nem sequer tinha nascido quando Chávez foi reeleito em outubro.

“Eu cheguei aqui cedo, estou na fila há sete horas. Não há problema em esperar, quero que meu filho veja o comandante e saiba tudo o que ele fez por nós”, disse à Agência Brasil.

Na mesma fila estava o aposentado Juan Pablo, de 75 anos. Ele levou um banquinho para descansar a cada vez que a fila parava. “Eu tenho câncer também, igual ao Chávez. Vim aqui para saudá-lo, contou emocionado”.


Sob o sol forte, algumas pessoas desmaiavam e eram socorridas. Por duas vezes ao longo do dia, a guarda municipal teve problemas para conter a multidão que rompia as grades de proteção e se aglomerava diante da academia.

O anúncio de Maduro foi feito logo depois de a visitação ter sido suspensa por mais de uma hora, por causa da dificuldade de organizar a fila. Depois de enfrentar a fila, a população passava por uma minuciosa revista, tinha que tirar a bateria do celular e deixar câmeras fotográficas e de vídeo. O objetivo, segundo o governo, era proteger a imagem do presidente.

Quem conseguia entrar na capela, dizia que o esforço valia a pena. “Ele merece todas as homenagens, porque foi como Jesus Cristo, deu esperança à gente pobre e aos enfermos”, disse Maria Guedes, 41 anos, que viajou sete horas para ir ao velório.

Depois da cerimônia com os 33 chefes de Estado confirmados para o funeral, às 11h no horário local (12h30 em Brasília), o corpo será levado ao Museu Militar, para o velório de mais sete dias aberto ao público. “O museu será seu primeiro lugar de repouso”, comentou Maduro.

O presidente em exercício explicou que Chávez será embalsamado assim como Lenin e Mao Tsé-Tung. “O museu será a primeira parada em sua viagem rumo ao mausoléu que o abrigará definitivamente, em lugar que será escolhido depois”, acrescentou.

O Museu da Revolução Bolivariana é conhecido como Quartel da Montanha, localizado na zona oeste do tradicional bairro popular 23 de Janeiro, um dos maiores redutos do presidente em Caracas.

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Caracas - Faltando menos de 24 horas para que terminasse o tempo previsto para a visitação ao corpo do ex-presidente Hugo Chávez , o governo venezuelano anunciou que o velório continuará aberto ao público por mais sete dias e que, depois, ele será embalsamado e depositado em uma urna de cristal.

O anúncio, feito pelo presidente em exercício, Nicolás Maduro, atende ao clamor popular, já que em dois dias de visitação milhares de pessoas não conseguiram se aproximar da capela da Academia Militar.

Ao anunciar a mudança, Maduro disse que o corpo será embalsamado para que “fique aberto eternamente”.

Para chegar perto do caixão de Chávez na capela, uma pessoa demorava, em média, dez horas nessa quinta-feira (7), o segundo dia de visitação. Caravanas de várias regiões do país chegaram a Caracas.

A fila formava quatro corredores que davam voltas de mais de seis quilômetros, de acordo com policiais que garantiam a segurança no local.

A costureira Estefanie Carvalho, 27 anos, levou o filho, Eudes, de quatro meses, que nem sequer tinha nascido quando Chávez foi reeleito em outubro.

“Eu cheguei aqui cedo, estou na fila há sete horas. Não há problema em esperar, quero que meu filho veja o comandante e saiba tudo o que ele fez por nós”, disse à Agência Brasil.

Na mesma fila estava o aposentado Juan Pablo, de 75 anos. Ele levou um banquinho para descansar a cada vez que a fila parava. “Eu tenho câncer também, igual ao Chávez. Vim aqui para saudá-lo, contou emocionado”.


Sob o sol forte, algumas pessoas desmaiavam e eram socorridas. Por duas vezes ao longo do dia, a guarda municipal teve problemas para conter a multidão que rompia as grades de proteção e se aglomerava diante da academia.

O anúncio de Maduro foi feito logo depois de a visitação ter sido suspensa por mais de uma hora, por causa da dificuldade de organizar a fila. Depois de enfrentar a fila, a população passava por uma minuciosa revista, tinha que tirar a bateria do celular e deixar câmeras fotográficas e de vídeo. O objetivo, segundo o governo, era proteger a imagem do presidente.

Quem conseguia entrar na capela, dizia que o esforço valia a pena. “Ele merece todas as homenagens, porque foi como Jesus Cristo, deu esperança à gente pobre e aos enfermos”, disse Maria Guedes, 41 anos, que viajou sete horas para ir ao velório.

Depois da cerimônia com os 33 chefes de Estado confirmados para o funeral, às 11h no horário local (12h30 em Brasília), o corpo será levado ao Museu Militar, para o velório de mais sete dias aberto ao público. “O museu será seu primeiro lugar de repouso”, comentou Maduro.

O presidente em exercício explicou que Chávez será embalsamado assim como Lenin e Mao Tsé-Tung. “O museu será a primeira parada em sua viagem rumo ao mausoléu que o abrigará definitivamente, em lugar que será escolhido depois”, acrescentou.

O Museu da Revolução Bolivariana é conhecido como Quartel da Montanha, localizado na zona oeste do tradicional bairro popular 23 de Janeiro, um dos maiores redutos do presidente em Caracas.

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