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Visita de secretário dos EUA à Arábia Saudita pressiona país em questões de direitos humanos

Espera-se que Blinken levante questões de direitos humanos, como as restrições de viagem, durante sua visita de três dias à Arábia Saudita

Antony Blinken: Autoridades dos EUA disseram que os sauditas resistiram aos seus esforços para garantir algumas concessões de direitos humanos paralelamente à visita de Blinken (ANDREW HARNIK/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 6 de junho de 2023 às 13h37.

O governo do presidente dos EUA, Joe Biden, está pressionando a Arábia Saudita para suspender as proibições de viagem de alguns cidadãos saudita-americanos, enquanto o secretário de Estado, Antony Blinken, visita o reino nesta semana, segundo autoridades dos EUA.

Pelo menos três cidadãos dos EUA - incluindo um homem da Flórida de 72 anos, preso em Riad por fazer tuítes críticos ao reino - não podem deixar o país por causa das proibições sauditas, de acordo com ativistas de direitos humanos. Espera-se que Blinken levante questões de direitos humanos, como as restrições de viagem, durante sua visita de três dias à Arábia Saudita, disseram autoridades americanas, embora as esperanças de um avanço tenham diminuído.

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Autoridades dos EUA disseram que os sauditas resistiram aos seus esforços para garantir algumas concessões de direitos humanos paralelamente à visita de Blinken, que começa nesta terça-feira. Elas falaram que a visita de Blinken incluirá discussões sobre direitos humanos, mas se concentrará mais em garantir a cooperação saudita em outras prioridades americanas, como avançar nos esforços para intermediar um acordo diplomático da Arábia Saudita com Israel, encerrar a guerra no Iêmen e garantir financiamento para combater o Estado Islâmico.

Saudita-americano preso em 2021

O caso mais proeminente que o governo Biden levantou com o reino é o de Saad Ibrahim Almadi, saudita-americano de 72 anos da Flórida que foi preso em 2021 quando voou para Riad para visitar a família. Almadi, um gerente de projetos aposentado, foi condenado no ano passado por acusações que incluíam tentar desestabilizar o reino e apoiar o terrorismo. Ele foi sentenciado a 19 anos de prisão.

As acusações contra ele surgiram de 14 tuítes críticos ao príncipe herdeiro - muitas vezes chamado por suas iniciais MBS - e seu governo, publicados por Almadi enquanto morava nos EUA, de acordo com a Freedom Initiative, um think tank com sede em Washington que se concentra em detidos no Oriente Médio e Norte da África. Alguns dos tuítes foram postados há sete anos, disseram eles.

O governo Biden pressionou pública e privadamente pela libertação de Almadi. A Arábia Saudita libertou Almadi e retirou as acusações em março, mas ele foi impedido de deixar o país, disse seu filho, Ibrahim.

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