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Viagens de americanos a Cuba podem dobrar após novas medidas

As medidas que entrarão em vigor nesta sexta-feira foram detalhadas pelo Departamento do Tesouro e Comércio dos EUA


	Havana: medidas facilitarão turismo e negócios de empresas de telecomunicações e financeiras em Cuba
 (AFP)

Havana: medidas facilitarão turismo e negócios de empresas de telecomunicações e financeiras em Cuba (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 17h20.

Miami (EUA) - A flexibilização das restrições para que americanos viajem a Cuba duplicará o número de visitantes dos Estados Unidos e fará cair o "turismo barato", segundo as previsões dos especialistas do Havana Consulting Group de Miami.

Em conversa com a Agência Efe, o economista Jorge Salazar Carrillo assegurou que o número de americanos que viaja a ilha, conforme as diferentes categorias do programa federal, poderia passar de 80 mil visitantes atuais ao dobro.

Segundo este especialista, o relaxamento dos requisitos para a viagem gerará, provavelmente, um aumento dos preços de hotéis e, como consequência, uma diminuição do "turismo barato que procede da América Latina e Europa".

Carrillo, professor titular de Economia da Universidade Internacional da Flórida, disse também que ao subir os preços na ilha pelo aumento de visitantes americanos, "cairão imediatamente às ofertas especiais de turismo barato" e os operadores de turismo também verão a necessidade de aumentar as tarifas.

No entanto, ele se mostrou convencido de que, "enquanto não for permitido um turismo aberto sem visto especial", não acontecerá um impacto direto sobre a economia cubana, obrigada a importar praticamente 80% dos produtos que os turistas consomem em Cuba.

As medidas que entrarão em vigor nesta sexta-feira foram detalhadas pelo Departamento do Tesouro e Comércio dos EUA quase um mês depois de o presidente Barack Obama anunciar uma mudança histórica para normalizar as relações diplomáticas e comerciais com a Cuba castrista.

As medidas facilitarão o turismo e os negócios de empresas de telecomunicações e financeiras em Cuba.

"Com uma produção agrícola, industrial e de serviços colapsada desde o começo da década de 90, estes passos dados pelos EUA não vão representar um impacto substancial na economia cubana", explicou o professor.

Segundo ele, o turismo ainda não será totalmente aberto, por isso a economia cubana se beneficiará pouco dos viajantes americanos autorizados para visitar a ilha.

Contudo, sem dúvida, o condado de Miami-Dade, com uma população cubano-americana de aproximadamente 46%, se transformará no "centro de toda a atividade" orientada para à ilha caribenha.

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