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Venezuelanos protestam em Miami por não poderem votar nas eleições de seu país

Manifestantes se reuniram no bairro central de Brickell, em frente ao prédio que antes abrigava o consulado venezuelano, agora convertido em banco

Cidadãos se reúnem perto do consulado venezuelano em Medellín, Colômbia (EFE/ Luis Eduardo Noriega Arboleda/Reprodução)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 28 de julho de 2024 às 15h57.

Dezenas de venezuelanos protestaram neste domingo em Miami por não poderem votar nas eleições presidenciais de seu país, já que o governo de Nicolás Maduro retirou suas representações diplomáticas nos Estados Unidos após a ruptura de relações diplomáticas com Washington em 2019.

Os manifestantes, muitos envoltos em bandeiras venezuelanas, se reuniram no bairro central de Brickell, em frente ao prédio que antes abrigava o consulado de seu país em Miami, agora convertido em um banco.

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"Deveríamos estar votando neste prédio (...), mas a ditadura criminosa de Nicolás Maduro nos tirou o direito de votar. O que nunca nos tirará é o direito de protestar contra ele",  declarou Adelys Ferro, diretora-executiva do Venezuelan American Caucus, uma das organizações que convocou a manifestação.

Ferro afirmou que o governo venezuelano poderia ter facilitado o voto nos Estados Unidos, mesmo sem delegações diplomáticas, mas optou por não fazê-lo. As eleições deste domingo decidirão entre a continuidade do chavismo, que está no poder há 25 anos, ou a vitória de uma oposição unida.

Allam Chávez se instalou na área de Miami há oito anos após deixar sua cidade natal de Barquisimeto, no norte da Venezuela. Neste domingo, está triste por não poder decidir quem governará seu país. "Me sinto de mãos atadas", disse.

Sua esperança é uma vitória da oposição e a possibilidade de retornar à Venezuela, onde moram muitos parentes dos quais sente falta. Como a maioria dos manifestantes, Chávez acredita que Maduro respeitará os resultados das eleições, qualquer que seja, seis anos após sua reeleição sob suspeitas de fraude.

Maduro, de 61 anos, busca um terceiro mandato de seis anos enquanto o país ainda lida com uma grave crise que reduziu o PIB em 80% em 10 anos e forçou mais de sete milhões de pessoas a deixarem o país. Seu principal adversário é o diplomata Edmundo González Urrutia , de 74 anos, que representa a popular líder opositora María Corina Machado, que não pôde concorrer devido a uma inabilitação política.

Nos Estados Unidos, vivem cerca de 640 mil venezuelanos, de acordo com os últimos dados do Pew Research Center (PWC), de 2021.

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