Acompanhe:

Venezuela ordena ocupação de fábrica da Kimberly-Clark

O governo venezuelano ordenou a ocupação da empresa americana Kimberly-Clark, que encerrou sua produção de artigos de higiene pessoal

Modo escuro

Continua após a publicidade

	Kimberly-Clark: "apresentaremos (...) a ocupação imediata da entidade de trabalho Kimberly-Clark da Venezuela (...) por parte dos trabalhadores", disse o ministro do Trabalho
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Kimberly-Clark: "apresentaremos (...) a ocupação imediata da entidade de trabalho Kimberly-Clark da Venezuela (...) por parte dos trabalhadores", disse o ministro do Trabalho (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

D
Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2016 às, 21h21.

O governo venezuelano ordenou nesta segunda-feira (11) a ocupação da empresa americana Kimberly-Clark, que encerrou sua produção de artigos de higiene pessoal alegando uma piora das condições econômicas.

"Vamos assinar a solicitação que nos foi feita pelos trabalhadores, onde apresentaremos (...) a ocupação imediata da entidade de trabalho Kimberly-Clark da Venezuela (...) por parte dos trabalhadores", disse o ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, no prédio da companhia na cidade de Maracay, que produz especialmente papel higiênico.

Ao assinar o documento, em meio a aplausos dos funcionários, Vera ordenou ligar as máquinas.

"A partir de hoje, a Kimberly-Clark volta a abrir suas portas, sua produção", afirmou o funcionário, que reiterou a advertência do presidente Nicolás Maduro de intervir nas companhias que paralisarem suas atividades.

"Bem-vindos ao setor empresarial que quer acompanhar o governo, mas empresa que é fechada, é empresa que será ocupada e aberta pelos trabalhadores e pelo governo revolucionário", sustentou.

No último sábado, a Kimberly-Clark anunciou a paralisação das suas operações falando sobre uma "carência de divisas" para adquirir matéria-prima e "o rápido aumento da inflação".

Segundo um comunicado da multinacional, esse fatores tornam "impossível operar".

A fabricante de papel higiênico e fraldas, entre outros produtos, declarou que "se as condições mudarem" avaliará no futuro "a viabilidade" de retomar as atividades.

A Kimberly-Clark destacou que a partir de agora "o governo venezuelano será o responsável pelo bem-estar dos trabalhadores e pelos ativos físicos, equipamentos e máquinas" da unidade ocupada.

Há dois meses, Maduro advertiu que "fábrica parada será fábrica tomada pelos trabalhadores".

A lei venezuelana autoriza a ocupação de fábrica no caso de "fechamento ilegal ou fraudulento" de uma empresa ou de lockout.

Na Venezuela vigora desde 2003 um férreo controle sobre o câmbio, com o governo monopolizando a distribuição de divisas, cada vez mais escassas diante da queda dos preços do petróleo, que gera 96% das receitas do país.

De acordo com a Fedecámaras - principal associação empresarial venezuelana - mais de 85% da indústria estava paralisada em maio passado por falta de matéria-prima.

O governo também fixa o preço de muitos alimentos e produtos básicos, o que segundo os empresários inviabiliza os custos de produção.

Texto atualizado às 21h21

Últimas Notícias

Ver mais
Governo prepara anúncio de crédito a microempreendedores com foco em mulheres
seloNegócios

Governo prepara anúncio de crédito a microempreendedores com foco em mulheres

Há 12 horas

Tarpon sai de 32% para 19% da Serena Energia após oferta de ações
Exame IN

Tarpon sai de 32% para 19% da Serena Energia após oferta de ações

Há 14 horas

'É grave que ela não possa ter sido registrada', diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela
Mundo

'É grave que ela não possa ter sido registrada', diz Lula sobre candidata opositora na Venezuela

Há 14 horas

Na Cemig, dividendos extraordinários à vista?
Exame IN

Na Cemig, dividendos extraordinários à vista?

Há 19 horas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais