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Veneza tenta se recuperar após pior inundação em mais de 50 anos

Previsões indicam que números permanecerão contidos nos próximos dias; o pico máximo será de 1 metro

Veneza: autoridades, comerciantes e empresários continuam calculando o custo dos danos causados pelas inundações (Manuel Silvestri/Reuters)
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EFE

Publicado em 18 de novembro de 2019 às 14h46.

Roma - O pior já passou, e a cidade de Veneza começa a respirar e a voltar ao normal enquanto é feita a recontagem dos danos causados depois da pior inundação na região em mais de meio século.

O Centro de Previsão da Câmara Municipal de Veneza previa um máximo de 105 centímetros de nível de água para esta segunda-feira, às 13h20 (local, 9h20).

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São níveis muito distantes dos 187 centímetros da última quarta-feira e dos 150 centímetros registrados neste domingo e que inundaram 70% do centro urbano, e as previsões indicam que esses números permanecerão contidos nos próximos dias. O pico máximo será de 1 metro.

Nesta segunda, as escolas e museus reabriram suas portas, e os vaporetti, os principais transportes públicos da capital veneziana, estão mais uma vez atravessando as águas da cidade.

As autoridades, os comerciantes e os empresários continuam calculando o custo dos danos causados pelas inundações, e a prefeitura já os coloca em 1 bilhão de euros

A subida das águas, que também causou a morte de um homem por eletrocussão, levou o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, a fechar ao público a emblemática Praça de São Marcos na última sexta-feira, um dia depois que o governo italiano declarou o estado de emergência da cidade para poder desbloquear fundos para reparos.

O executivo aprovou 20 milhões de euros para um primeiro socorro, com compensação de 5 mil euros para os moradores afetados e até 20 mil para os comerciantes.

Além disso, Brugnaro anunciou ontem no Twitter que formulários para reivindicar compensação por danos estarão disponíveis em breve.

Depois de ter melhorado as previsões para esta semana, o prefeito declarou que a cidade se recuperará. "Os venezianos só se ajoelham para orar", disse.

No entanto, a prefeitura mantém o sistema de alerta de emergência e pede cautela a moradores e turistas. Após a autorização para reabertura da Praça de São Marcos, lojas e restaurantes estão trabalhando para reparar seus danos e fazer a limpeza para retomarem a atividade o mais rápido possível.

No entanto, a restauração dos danos causados ao rico patrimônio cultural é prioridade, a começar pela Basílica de São Marcos, que foi parcialmente inundada.

Ao todo, 60 igrejas da cidade foram inundadas, e seus delicados mosaicos e calçadas foram infiltrados pelo sal marinho.

Para evitar a corrosão rápida, a Superintendência do Patrimônio acredita que serão necessários 60 mil euros para cada templo.

O prefeito agradeceu o apoio recebido e, em uma entrevista ao canal de televisão público "RAI", propôs novamente à comunidade científica internacional, às Nações Unidas e à União Europeia irem a Veneza para estudar os efeitos da mudança climática, fenômeno ao qual ele atribui as inundações.

E entre as doações, foi anunciado nesta segunda que a embaixada italiana em Moscou angariou em menos de 24 horas 1 milhão de euros para apoiar os trabalhos de restauração.

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