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'Vencemos com 70%', diz líder da oposição ao rejeitar a reeleição de Maduro

Maduro foi reeleito para um novo mandato de seis anos — de janeiro de 2025 a janeiro de 2031

A coalizão de oposição da Venezuela rejeitou na segunda-feira a vitória eleitoral reivindicada pelo presidente Nicolás Maduro e anunciou por uma autoridade eleitoral leal, dizendo que obteve 70 por cento dos votos, e não 44 por cento como relatado pela autoridade (FEDERICO PARRA/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 29 de julho de 2024 às 07h20.

Última atualização em 29 de julho de 2024 às 07h20.

A líder da oposição María Corina Machado reivindicou a vitória do seu candidato Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais deste domingo, 28, na Venezuela, depois de o Conselho Eleitoral Nacional (CNE) ter proclamado o presidenteNicolás Madurocomo vencedor.

“Vencemos e todos sabem disso”, disse Machado em entrevista coletiva. “Queremos dizer a toda a Venezuela e ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González Urrutia ”.

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González Urrutia obteve 70% dos votos e Nicolás Maduro 30%. Esta é a verdade. Parabéns, Edmundo”, disse Machado, que o teve ao seu lado.

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso, havia anunciado pouco antes a reeleição de Maduro com 5,15 milhões de votos (51,2%) em comparação com González Urrutia, com 4,45 milhões (44,2%), segundo um primeiro boletim oficial com 80 % das urnas apuradas.

Amoroso assegurou que este boletim reflete uma tendência “forte e irreversível” e denunciou uma “agressão ao sistema de transmissão de dados que atrasou” a contagem. González Urrutia sustentou, porém, que no processo eleitoral “foram violadas todas as regras de votação”.

"Nossa mensagem de reconciliação e paz continua válida. Nossa luta continua. Não descansaremos até que a vontade do povo da Venezuela seja refletida", insistiu.

Machado também se dirigiu aos militares. “O dever das Forças Armadas Nacionais é respeitar a soberania popular e é isso que esperamos”, afirmou.

“Não vamos aceitar a chantagem de que a defesa da verdade é violência. A violência é violar a verdade”, acrescentou, pedindo aos seus seguidores que permaneçam em “vigília cívica” em torno dos centros de votação.

Venezuelanos ao redor do mundo protestam durante eleições

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