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Vazamento de petróleo na Bacia de Campos ainda não foi controlado

A empresa Chevron admitiu que ainda há óleo residual vazando

A ANP já havia informado que a Chevron não havia provado se o tampão de cimento colocado no poço em Campo de Frade realmente foi eficaz para a contenção do vazamento (AFP/AgenciaPetróleo/Divulgação)

A ANP já havia informado que a Chevron não havia provado se o tampão de cimento colocado no poço em Campo de Frade realmente foi eficaz para a contenção do vazamento (AFP/AgenciaPetróleo/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 17h34.

São Paulo - O superintendente de Meio Ambiente da Chevron, Luiz Alberto Pimenta, afirmou que a empresa ainda não conseguiu conter o vazamento de óleo na Bacia de Campos, que teve início em novembro. A informação foi confirmada na última segunda-feira.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) já havia informado, na semana passada, que a Chevron não havia provado se o tampão de cimento colocado no poço em Campo de Frade realmente foi eficaz para a contenção do vazamento.

De acordo com a ANP, a Chevron também não entregou todas as imagens submarinas do vazamento que foram solicitadas.

Mas, foi nesta semana, durante uma audiência pública na Câmara Municipal de Macaé, no Rio de Janeiro, que a empresa admitiu que ainda há óleo residual vazando. De acordo com o representante, o vazamento não só continua, como não há previsão para controlá-lo. Além disso, existe a possibilidade do óleo chegar às praias.

“As quantidades estão se mostrando cada vez menores na observação que é feita no fundo do mar. A expectativa é que haja um controle total da questão em algum tempo, no futuro. Não sei precisar (o tempo) porque essa quantidade ainda está em avaliação para saber exatamente como o óleo chegou à superfície”, afirmou Pimenta.

Ele ainda afirmou que o acidente ocorreu a 1.182 metros de profundidade, e foram despejados no mar 2.400 barris, o equivalente a 382 mil litros de óleo. O número é bem diferente do apontado pelo governo do RJ, que acredita que tenham vazado pelo menos 15 mil barris. Por isso, a Procuradoria Geral do Estado abriu uma ação civil pública contra a Chevron.

As divulgações da Chevron também são contestadas pelo Ibama, por isso durante a sessão o presidente da Câmara, Paulo Antunes, pediu ao representante que repetisse os números divulgados pela companhia. Na ocasião, Pimenta deu explicações vagas. "Algumas fissuras foram identificadas, a maior delas de 257 metros, mas com uma largura de poucos centímetros".

O representante da empresa negou, durante a audiência, que a intenção da petrolífera norte-americana seria atingir o pré-sal. Além da ANP discutir esta possibilidade, a Polícia Federal investiga se houve esta tentativa e por isso a perfuração foi além do limite.

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