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Vaticano terá 1º julgamento de clérigo acusado de pedofilia

Ex-arcebispo foi excomungado e colocado em prisão domiciliar por abusar de menores, e aguarda julgamento


	Papa Francisco também aceitou a renúncia de dois bispos norte-americanos acusados de proteger padres pedófilos, disse o Vaticano
 (Tony Gentile/Reuters)

Papa Francisco também aceitou a renúncia de dois bispos norte-americanos acusados de proteger padres pedófilos, disse o Vaticano (Tony Gentile/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 14h32.

Cidade do Vaticano - O ex-embaixador do Vaticano para a República Dominicana e ex-arcebispo, Jozef Wesolowski irá a julgamento no próximo mês por acusações de ter abusado sexualmente de menores de idade e de ter pornografia infantil em seu computador, informou o Vaticano nesta segunda-feira.

A primeira audiência será no dia 11 de julho. Esta é a primeira vez que um funcionário do alto escalão do Vaticano será julgado por abuso sexual.

Em 2013, a Santa Fé chamou Wesolowski de volta, quando ele ainda era diplomata em Santo Domingo, capital da República Dominicana, depois que a imprensa local acusou Wesolowski de pagar meninos para realizar atos sexuais. O ex-arcebispo foi excomungado e colocado em prisão domiciliar. Após a prisão, promotores encontraram pornografia infantil em seu computador.

Em 2013, a Cidade do Vaticano atualizou suas leis para criminalizar especificamente quem comete abuso sexual de menores e tenha posse de pornografia infantil. De acordo com o Vaticano, Wesolowski será processado sob essa nova lei no caso da pornografia infantil. A acusação tem pena de prisão máxima de dois anos e multa.

Já a antiga lei será usada no caso das acusações de abuso sexual, que aconteceram antes da aprovação da nova lei. O prazo máximo de prisão é de até dois anos e meio, acrescida de uma multa, disse o porta-voz do Vaticano, o reverendo Federico Lombardi.

Renúncia nos EUA

Também nesta segunda-feira, o papa Francisco aceitou a renúncia de dois bispos norte-americanos acusados de proteger padres pedófilos, disse o Vaticano.

O arcebispo de Saint Paul e Minneapolis, monsenhor John Clayton Nienstedt, e seu adjunto, monsenhor Lee Anthony Piche, renunciaram depois que sua diocese foi acusada pelas autoridades dos EUA de não terem protegido menores de idade que tinham relações sexuais com um padre que foi preso acusado de molestar dois meninos. 

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