Vaticano destituiu 884 sacerdotes por abusos em 10 anos
A Santa Sé investigou nos últimos dez anos 3.420 casos de sacerdotes que teriam abusado sexualmente de menores, e 884 deles foram destituídos e afastados
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2014 às 12h51.
Genebra - A Santa Sé investigou nos últimos dez anos 3.420 casos de sacerdotes que teriam abusado sexualmente de menores, e 884 deles foram destituídos e afastados, confirmou nesta terça-feira o representante permanente do Vaticano na ONU , Silvano Tomasi, em Genebra.
Tomasi, que compareceu hoje pelo segundo dia diante do Comitê da ONU contra a Tortura, reiterou que apesar de a Santa Sé não ter jurisdição penal em casos de pedofilia cometidos em outros países, tem obrigação de afastar os sacerdotes considerados culpados.
"A Santa Sé não tem competência para julgar os pedófilos fora do Estado do Vaticano, mas sim de realizar procedimentos eclesiásticos contra quem pesam abusos a menores", explicou Tomasi, que especificou que estas ações são realizadas "sem prejuízo das ações judiciais praticadas nos locais onde o acusado reside".
Quando se suspeita de um caso de abuso de menores por um clérigo, explicou Tomasi, o bispo local "tem o dever de proteger as crianças das ações destes sacerdotes de sua diocese", e por isso deve realizar um relatório e repassá-lo à Congregação para a Doutrina da Fé para que esta decida a respeito.
Uma vez feito o estudo do caso, a Congregação pode condenar o sacerdote a uma pena canônica, "e caso o clérigo seja declarado culpado, a pena canônica mais extrema é a separação do entorno clerical".
Logo depois Tomasi apresentou os números solicitados na véspera pela relatora do Comitê, Felice Gaer, que tinha pedido dados sobre sacerdotes investigados pela Congregação e quantos deles tinham sido condenados.
"De 2004 a 2013 a Congregação analisou 3.420 casos críveis de abusos a menores de 18 anos", afirmou Tomasi: 730 em 2004; 184 em 2005; 218 em 2006; 216 em 2007; 191 em 2008; 196 em 2009; 464 em 2010; 402 em 2011; 418 em 2012; e 401 em 2013.
Tomasi especificou que os casos se referem a condutas criminosas cometidas desde 1950 até o fim da década de 80, não ações contemporâneas.
Destes 3.420 casos, 884 sacerdotes foram separados de sua condição clerical: 89 em 2004; 84 em 2005; 114 em 2006; 84 em 2007; 68 em 2008; 69 em 2009; 84 em 2010; 143 em 2011; 70 em 2012; e 43 em 2013.
O representante diplomático do Vaticano acrescentou que em outros 2.572 casos, após a investigação, os sacerdotes foram simplesmente punidos com outras penas, as quais não especificou.
Em 2004 foram punidos 641 clérigos; 100 em 2005; 104 em 2006; 132 em 2007; 123 em 2008; 127 em 2009; 380 em 2010; 259 em 2011; 348 em 2012; e 358 em 2013.
Genebra - A Santa Sé investigou nos últimos dez anos 3.420 casos de sacerdotes que teriam abusado sexualmente de menores, e 884 deles foram destituídos e afastados, confirmou nesta terça-feira o representante permanente do Vaticano na ONU , Silvano Tomasi, em Genebra.
Tomasi, que compareceu hoje pelo segundo dia diante do Comitê da ONU contra a Tortura, reiterou que apesar de a Santa Sé não ter jurisdição penal em casos de pedofilia cometidos em outros países, tem obrigação de afastar os sacerdotes considerados culpados.
"A Santa Sé não tem competência para julgar os pedófilos fora do Estado do Vaticano, mas sim de realizar procedimentos eclesiásticos contra quem pesam abusos a menores", explicou Tomasi, que especificou que estas ações são realizadas "sem prejuízo das ações judiciais praticadas nos locais onde o acusado reside".
Quando se suspeita de um caso de abuso de menores por um clérigo, explicou Tomasi, o bispo local "tem o dever de proteger as crianças das ações destes sacerdotes de sua diocese", e por isso deve realizar um relatório e repassá-lo à Congregação para a Doutrina da Fé para que esta decida a respeito.
Uma vez feito o estudo do caso, a Congregação pode condenar o sacerdote a uma pena canônica, "e caso o clérigo seja declarado culpado, a pena canônica mais extrema é a separação do entorno clerical".
Logo depois Tomasi apresentou os números solicitados na véspera pela relatora do Comitê, Felice Gaer, que tinha pedido dados sobre sacerdotes investigados pela Congregação e quantos deles tinham sido condenados.
"De 2004 a 2013 a Congregação analisou 3.420 casos críveis de abusos a menores de 18 anos", afirmou Tomasi: 730 em 2004; 184 em 2005; 218 em 2006; 216 em 2007; 191 em 2008; 196 em 2009; 464 em 2010; 402 em 2011; 418 em 2012; e 401 em 2013.
Tomasi especificou que os casos se referem a condutas criminosas cometidas desde 1950 até o fim da década de 80, não ações contemporâneas.
Destes 3.420 casos, 884 sacerdotes foram separados de sua condição clerical: 89 em 2004; 84 em 2005; 114 em 2006; 84 em 2007; 68 em 2008; 69 em 2009; 84 em 2010; 143 em 2011; 70 em 2012; e 43 em 2013.
O representante diplomático do Vaticano acrescentou que em outros 2.572 casos, após a investigação, os sacerdotes foram simplesmente punidos com outras penas, as quais não especificou.
Em 2004 foram punidos 641 clérigos; 100 em 2005; 104 em 2006; 132 em 2007; 123 em 2008; 127 em 2009; 380 em 2010; 259 em 2011; 348 em 2012; e 358 em 2013.