Crianças: sem uma "urgente injeção de dinheiro", o Unicef precisará cortar programas básicos (Jordan Pix/Getty Images)
EFE
Publicado em 16 de junho de 2017 às 10h13.
Última atualização em 16 de junho de 2017 às 10h14.
Genebra - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou nesta sexta-feira que precisa de forma imediata de US$ 220 milhões para ajudar 9 milhões de meninas e meninos que vivem precariamente na Síria e em outros países da região.
Aproximadamente, 6 milhões de crianças sírias precisam de assistência urgente para sobreviver e outras 2,5 milhões estão acolhidas em países próximos e também demandam socorro imediato, de acordo com a coordenadora do Unicef na Síria, Amam Geneviève Boutin.
Sem uma "urgente injeção de dinheiro", o Unicef precisará cortar programas básicos, entre eles a entrega de água potável e os serviços de saneamento para 1,2 milhão de crianças que moram em campos de refugiados, acampamentos informais ou estão acolhidas em comunidades. Além disso, será necessário reduzir ou acabar com programas de saúde e a com a distribuição de alimentos essenciais para a sobrevivência de 5,4 milhões delas.
Segundo ela, se o organismo não conseguir tais valores também será preciso cortar a ajuda em dinheiro dada a 500 mil meninos e meninas para ir à escola em vez de trabalhar.
"Temos que pensar que não estamos ajudando os sírios só agora. Estamos pensando no futuro deles. Atualmente, 2 milhões de crianças sírias estão fora das salas de aula. Precisamos evitar de todas as formas que esse número aumente", justificou a coordenadora.
Ainda de acordo com Amam, manter meninos e meninas na escola não evita apenas que eles deixam de estar na rua trabalhando, mas também previne a exposição a outros perigos, como o abuso sexual, e reduz a incidência dos casamentos precoces.