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UE deseja ampliar luta contra evasão fiscal

A fraude e a evasão fiscal acarreta na perda de 27 trilhões de euros por ano ou dois mil euros por cidadão, segundo cálculos da comissão europeia

Ministro da Finanças da Irlanda Michael Noonan aperta a mão de Vitor Gaspar, ministro das Finanças de Portugal (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2013 às 15h06.

Dublin - Os ministros de Economia da União Europeia (UE) alcançaram neste sábado um amplo consenso sobre a necessidade de criar uma frente comum na luta contra a evasão fiscal, embora a Áustria tenha se oposto à medida por ser contrária a relaxar seu sigilo bancário.

O ministro irlandês de Finanças, Michael Noonan, afirmou na entrevista coletiva posterior ao conselho informal de Ministros de Economia da UE (Ecofin) que 'o assunto da evasão fiscal está agora sobre a mesa e tanto a presidência irlandesa rotativa como a Comissão Europeia estão determinadas a conseguir que o debate acarrete em ações'.

Como medida concrera, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, decidiu abordar na cúpula europeia do dia 22 de maio a luta contra a evasão fiscal.

A fraude e a evasão fiscal acarreta na perda de 27 trilhões de euros por ano ou dois mil euros por cidadão, segundo cálculos da comissão.

O novo impulso para atuar contra os evasores tem sua origem nas recentes revelações sobre uma gigante rede de mudança de fundos para paraísos fiscais, o que ocasionou na união de cinco países-membros para combater este problema.

Espanha, França, Alemanha, Itália e Reino Unido decidiram criar um projeto piloto para realizar a 'troca multilateral de informação, baseado no modelo estipulado pelos Estados Unidos'.

O ministro espanhol de Economia e Competitividade, Luis de Guindos, afirmou que 'há um grande compromisso político para que tudo o que for fraude fiscal, tudo o que for situações patrimoniais mal explicadas, sejam definitivamente atacado pela União Europeia'.

Em Dublin, somaram-se ao projeto Polônia, Bélgica, Holanda e Romênia, e portanto agora são nove os Estados-membros da UE que fazem parte da iniciativa, explicou o comissário europeu de tributação e Luta contra a Fraude, Algirdas Semeta, que celebrou o renovado 'apetite' desses países para que a Europa avance na luta contra a evasão fiscal.

O objetivo é fomentar a troca automática de informação bancária e copiar a Lei de Cumprimento Fiscal de Contas Estrangeiras dos Estados Unidos (FATCA), que obriga instituições financeiras estrangeiras a fornecerem informação sobre as contas que cidadãos americanos tem fora do país, para com isso evitar a evasão fiscal fora das fronteiras.

A FATCA se caracteriza por sua dureza pois qualquer dado considerado como evasão fiscal é investigado com o mesmo rigor com que foram abordados os grandes crimes financeiros mundiais dos últimos anos.

Bruxelas também propôs em dezembro do ano passado uma série de medidas que fortalecem o combate aos países não comunitários tolerantes com o delito fiscal e obrigam as empresas a pagarem 'uma cota justa' por realizarem negócios no mercado único.

O ímpeto dos nove países para criar uma frente comum na luta contra a fraude e a evasão fiscal, no entanto, foi freado pela Áustria, cuja ministra de Finanças, Maria Fekter, disse hoje que 'lutará pelo sigilo bancário' e considerou que a troca automática de dados criaria 'um cemitério de dados'.

Mas Viena ficou completamente isolada na UE com sua insistência em salvaguardar seus interesses depois que Luxemburgo anunciou que a partir de 2015 transmitirá informação sigilosas para os outros países.

Semeta considerou, no entanto, que 'Áustria está avaliando seriamente o caminho a seguir' e que existe uma 'certa abertura' rumo a uma mudança de política, apesar das dificuldades internas que uma mudança deste tipo significaria para Viena. EFE

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Dublin - Os ministros de Economia da União Europeia (UE) alcançaram neste sábado um amplo consenso sobre a necessidade de criar uma frente comum na luta contra a evasão fiscal, embora a Áustria tenha se oposto à medida por ser contrária a relaxar seu sigilo bancário.

O ministro irlandês de Finanças, Michael Noonan, afirmou na entrevista coletiva posterior ao conselho informal de Ministros de Economia da UE (Ecofin) que 'o assunto da evasão fiscal está agora sobre a mesa e tanto a presidência irlandesa rotativa como a Comissão Europeia estão determinadas a conseguir que o debate acarrete em ações'.

Como medida concrera, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, decidiu abordar na cúpula europeia do dia 22 de maio a luta contra a evasão fiscal.

A fraude e a evasão fiscal acarreta na perda de 27 trilhões de euros por ano ou dois mil euros por cidadão, segundo cálculos da comissão.

O novo impulso para atuar contra os evasores tem sua origem nas recentes revelações sobre uma gigante rede de mudança de fundos para paraísos fiscais, o que ocasionou na união de cinco países-membros para combater este problema.

Espanha, França, Alemanha, Itália e Reino Unido decidiram criar um projeto piloto para realizar a 'troca multilateral de informação, baseado no modelo estipulado pelos Estados Unidos'.

O ministro espanhol de Economia e Competitividade, Luis de Guindos, afirmou que 'há um grande compromisso político para que tudo o que for fraude fiscal, tudo o que for situações patrimoniais mal explicadas, sejam definitivamente atacado pela União Europeia'.

Em Dublin, somaram-se ao projeto Polônia, Bélgica, Holanda e Romênia, e portanto agora são nove os Estados-membros da UE que fazem parte da iniciativa, explicou o comissário europeu de tributação e Luta contra a Fraude, Algirdas Semeta, que celebrou o renovado 'apetite' desses países para que a Europa avance na luta contra a evasão fiscal.

O objetivo é fomentar a troca automática de informação bancária e copiar a Lei de Cumprimento Fiscal de Contas Estrangeiras dos Estados Unidos (FATCA), que obriga instituições financeiras estrangeiras a fornecerem informação sobre as contas que cidadãos americanos tem fora do país, para com isso evitar a evasão fiscal fora das fronteiras.

A FATCA se caracteriza por sua dureza pois qualquer dado considerado como evasão fiscal é investigado com o mesmo rigor com que foram abordados os grandes crimes financeiros mundiais dos últimos anos.

Bruxelas também propôs em dezembro do ano passado uma série de medidas que fortalecem o combate aos países não comunitários tolerantes com o delito fiscal e obrigam as empresas a pagarem 'uma cota justa' por realizarem negócios no mercado único.

O ímpeto dos nove países para criar uma frente comum na luta contra a fraude e a evasão fiscal, no entanto, foi freado pela Áustria, cuja ministra de Finanças, Maria Fekter, disse hoje que 'lutará pelo sigilo bancário' e considerou que a troca automática de dados criaria 'um cemitério de dados'.

Mas Viena ficou completamente isolada na UE com sua insistência em salvaguardar seus interesses depois que Luxemburgo anunciou que a partir de 2015 transmitirá informação sigilosas para os outros países.

Semeta considerou, no entanto, que 'Áustria está avaliando seriamente o caminho a seguir' e que existe uma 'certa abertura' rumo a uma mudança de política, apesar das dificuldades internas que uma mudança deste tipo significaria para Viena. EFE

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