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União Europeia concorda em debater exigências de May para o Brexit

A primeira-minnistra britânica vai se reunir nesta quinta-feira com representantes da União Europeia

Brexit: May enfrenta resistência na renegociação do acordo (Yves Herman/Reuters)
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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 13h51.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 13h57.

Bruxelas/Londres - A União Europeia prometeu nesta quinta-feira trabalhar com a primeira-ministra britânica, Theresa May , para verificar "se um caminho pode ser encontrado" para evitar os transtornos de uma desfiliação britânica do bloco sem acordo depois que a premiê exigiu mudanças no pacto para conseguir sua aprovação no Parlamento.

May estava em Bruxelas nesta quinta-feira para apelar aos líderes da UE que alterem o Acordo de Saída que ela negociou no ano passado, já que o Parlamento britânico o rejeitou por maioria em janeiro.

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Um aperto de mãos frio com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, foi pouco para esconder a tensão 50 dias antes de Londres possivelmente sair do bloco sem medidas em vigor para manter o fluxo comercial.

Nenhum dos dois falou, e um repórter gritou aos dois líderes quando saíam: "Isto é o inferno, primeira-ministra?". Na quarta-feira o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse que os defensores de um Brexit sem acordo merecem um "lugar especial no inferno" - uma demonstração explícita da frustração em Bruxelas que causou repúdio em muitos britânicos.

"O presidente Juncker sublinhou que os 27 da UE não reabrirão o Acordo de Saída", disse o braço executivo do bloco depois do que descreveu como conversas "robustas, mas construtivas", com May.

Mas os dois encarregaram suas equipes de trabalhar para saber "se pode ser encontrado um caminho que obteria o apoio mais amplo possível no Parlamento do Reino Unido e respeitaria" a posição da UE. Eles concordaram em se reencontrar antes do final do mês.

O Parlamento, que rejeitou o pacto da premiê pela maioria mais expressiva da história britânica moderna, votou pela renegociação do acordo, substituindo uma cláusula que alguns temem poder manter a Irlanda do Norte, governada por Londres, sob as regras da UE indefinidamente.

Líderes do bloco vêm repetindo que seria impossível substituir a cláusula, conhecida como "backstop", porque ela é necessária para que não haja uma fronteira dura entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, membro da UE, o que já foi motivo de violência sectária.

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