Exame Logo

União de iraquianos contra EI está dando frutos, diz ONU

Entre os resultados que começam a aparecer, enviado da ONU para o Iraque listou os acordos do governo central com as autoridades locais para treinar forças

Estado Islâmico: enviado da ONU lembrou que Iraque vive "tempos de devastação" (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 17h17.

O enviado especial da ONU para o Iraque, Nikolai Mladenov, afirmou nesta terça-feira que a nova estratégia de união nacional do governo iraquiano para enfrentar o grupo Estado Islâmico (EI) está "dando frutos", com as comunidades locais recuperando terreno frente aos extremistas islamitas.

Ao apresentar o relatório da situação no Iraque ao Conselho de Segurança da ONU reunido em Nova York, Mladenov ressaltou os esforços do governo do presidente Fuad Massum para "melhorar sua cooperação com as tribos locais e outros habitantes dispostos a proteger suas comunidades contra o EI", entre eles as autoridades da região autônoma do Curdistão (norte).

"Esta estratégia está dando frutos. Mobilizados pela crescente brutalidade do EI, ilustrada recentemente pelo massacre de 322 membros da tribo Albu Nimr, as comunidades estão respondendo", declarou.

Entre os resultados que começam a aparecer, Mladenov listou os acordos do governo central com as autoridades locais para treinar forças nas províncias de Nínive (norte) e Al-Anbar (oeste), o que permitiu libertar as cidades de Amerli, Jurf al-Sakhar e Zumar, além da recuperação da refinaria de petróleo de Baiji.

O enviado da ONU considerou "positivas" as relações entre as autoridades do Curdistão e o governo central, vitais para conter a ofensiva dos jihadistas, que tomaram grandes faixas de território no Iraque, depois de terem feito o mesmo na vizinha Síria em 2013.

Mladenov destacou que "os esforços do governo central estão sendo reforçados pelo apoio da comunidade internacional". Uma coalizão de países liderados pelos Estados Unidos entrou na guerra contra o EI por meio de ataques aéreos.

Neste contexto, o enviado da ONU exortou os grupos armados que não pertencem ao EI a "dialogar com o governo" para se unirem contra a ameaça do terrorismo.

"Tempos de devastação"

Apesar de o panorama estar melhor, Mladenov lembrou que o país vive "tempos de devastação", com "pelo menos 10 mil civis mortos e quase 20 mil feridos", bem como "1,9 milhão de deslocados" desde o início do ano.

"A estratégia do EI é óbvia (...) destruir o Estado iraquiano e substituí-lo por um Estado de terror construído com base em genocídio, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade", disse ele.

Durante a reunião do Conselho de Segurança, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, falou ainda sobre os crimes de genocídio, crimes contra a Humanidade e crimes de guerra cometidos pelo Estado Islâmico, principalmente contra a minoria Yazidi, que habita o norte do Iraque.

De acordo com Hussein, membros do EI cometeram três dos cinco crimes de genocídio e nove dos 11 crimes definidos como crimes contra a Humanidade pelo Estatuto de Roma.

Por fim, a secretária-geral adjunta para os Assuntos Humanitários, Valerie Amos, alertou que, apesar das doações recebidas pela ONU que permitiram começar a enfrentar a crise, "muito mais ajuda é necessária e com urgência".

Amos ressaltou que a insegurança e os confrontos impedem a ONU entregar a ajuda para cerca de 2,2 milhões de pessoas que vivem em áreas sob o controle do EI e de grupos armados afiliados.

"Esta situação não se restringe ao Iraque, faz parte de uma catástrofe regional a que temos de responder coletivamente", disse ela.

Veja também

O enviado especial da ONU para o Iraque, Nikolai Mladenov, afirmou nesta terça-feira que a nova estratégia de união nacional do governo iraquiano para enfrentar o grupo Estado Islâmico (EI) está "dando frutos", com as comunidades locais recuperando terreno frente aos extremistas islamitas.

Ao apresentar o relatório da situação no Iraque ao Conselho de Segurança da ONU reunido em Nova York, Mladenov ressaltou os esforços do governo do presidente Fuad Massum para "melhorar sua cooperação com as tribos locais e outros habitantes dispostos a proteger suas comunidades contra o EI", entre eles as autoridades da região autônoma do Curdistão (norte).

"Esta estratégia está dando frutos. Mobilizados pela crescente brutalidade do EI, ilustrada recentemente pelo massacre de 322 membros da tribo Albu Nimr, as comunidades estão respondendo", declarou.

Entre os resultados que começam a aparecer, Mladenov listou os acordos do governo central com as autoridades locais para treinar forças nas províncias de Nínive (norte) e Al-Anbar (oeste), o que permitiu libertar as cidades de Amerli, Jurf al-Sakhar e Zumar, além da recuperação da refinaria de petróleo de Baiji.

O enviado da ONU considerou "positivas" as relações entre as autoridades do Curdistão e o governo central, vitais para conter a ofensiva dos jihadistas, que tomaram grandes faixas de território no Iraque, depois de terem feito o mesmo na vizinha Síria em 2013.

Mladenov destacou que "os esforços do governo central estão sendo reforçados pelo apoio da comunidade internacional". Uma coalizão de países liderados pelos Estados Unidos entrou na guerra contra o EI por meio de ataques aéreos.

Neste contexto, o enviado da ONU exortou os grupos armados que não pertencem ao EI a "dialogar com o governo" para se unirem contra a ameaça do terrorismo.

"Tempos de devastação"

Apesar de o panorama estar melhor, Mladenov lembrou que o país vive "tempos de devastação", com "pelo menos 10 mil civis mortos e quase 20 mil feridos", bem como "1,9 milhão de deslocados" desde o início do ano.

"A estratégia do EI é óbvia (...) destruir o Estado iraquiano e substituí-lo por um Estado de terror construído com base em genocídio, crimes de guerra e crimes contra a Humanidade", disse ele.

Durante a reunião do Conselho de Segurança, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad al-Hussein, falou ainda sobre os crimes de genocídio, crimes contra a Humanidade e crimes de guerra cometidos pelo Estado Islâmico, principalmente contra a minoria Yazidi, que habita o norte do Iraque.

De acordo com Hussein, membros do EI cometeram três dos cinco crimes de genocídio e nove dos 11 crimes definidos como crimes contra a Humanidade pelo Estatuto de Roma.

Por fim, a secretária-geral adjunta para os Assuntos Humanitários, Valerie Amos, alertou que, apesar das doações recebidas pela ONU que permitiram começar a enfrentar a crise, "muito mais ajuda é necessária e com urgência".

Amos ressaltou que a insegurança e os confrontos impedem a ONU entregar a ajuda para cerca de 2,2 milhões de pessoas que vivem em áreas sob o controle do EI e de grupos armados afiliados.

"Esta situação não se restringe ao Iraque, faz parte de uma catástrofe regional a que temos de responder coletivamente", disse ela.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaEstado IslâmicoIslamismoONUSunitasTerrorismo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame