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Ultradireita de volta ao governo grego após 37 anos

Grupo estava longe do poder desde o fim da ditadura no país, mas fará parte do novo governo de união nacional

Giorgios Karantzaferis (E), líder do partido LAOS, participa de reunião com o líderes gregos (Aris Messinis/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2011 às 17h21.

Atenas - A ultradireita voltou governo grego esta sexta-feira após um afastamento de 37 anos, desde o fim da ditadura dos coronéis em 1974, como integrante de um pacto de união nacional para fazer frente à crise da dívida que afundou a economia do país.

O partido LAOS tem quatro membros no novo gabinete: o principal deles é Makis Voridis, advogado de 47 anos, ministro da Infraestrutura, Transportes e Comunicação.

Quando o jornalista Giorgos Karatzaferis, egresso do partido conservador Nova Democracia, criou este partido no ano 2000, o LAOS (Alerta Popular Ortodoxo) ocupou um vácuo na paisagem política, que até então não contava com nenhuma formação de ultradireita em um país muito marcado pela ditadura dos coronéis (1967-1974).

Com base em palavras de ordem xenófobas e antissemitas, o LAOS (cujo acrônimo significa "povo" em grego) encontrou espaço rapidamente, obtendo 13,7% dos votos nas eleições municipais de 2002, na circunscrição de Atenas-Pireus.

Seus eleitores não pareceram muito irritados com Karatzaferis que, em 2001, pediu um exame sobre o papel do Mossad (serviço secreto israelense) nos atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, e que apresentou quatro neonazistas em sua lista regional, em 2002.

Com o passar do tempo, este homem de 64 anos se esforçou em apresentar um perfil mais sereno, concentrado no populismo. Rejeitando o rótulo de extrema-direita, o partido adotou, em 2007, uma "carta" que obriga seus candidatos a se opor a "todo fenômeno de racismo, intolerância e antissemitismo".

Favorecido por esta busca de respeitabilidade, o LAOS alcançou nas legislativas desse ano o limite de 3% necessários para ingressar no Parlamento. Um sucesso reproduzido nas eleições de 2009, quando obteve 5,63% dos votos. Atualmente tem 16 deputados do total de 300 da Câmara e é a quarta força parlamentar.

Desde o começo da crise da dívida grega, o LAOS quis se mostrar como um parceiro político respeitável, que junto com os deputados socialistas aprovou o primeiro plano de resgate internacional da Grécia, acertado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, em maio de 2010.

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O partido LAOS tem quatro membros no novo gabinete: o principal deles é Makis Voridis, advogado de 47 anos, ministro da Infraestrutura, Transportes e Comunicação.

Quando o jornalista Giorgos Karatzaferis, egresso do partido conservador Nova Democracia, criou este partido no ano 2000, o LAOS (Alerta Popular Ortodoxo) ocupou um vácuo na paisagem política, que até então não contava com nenhuma formação de ultradireita em um país muito marcado pela ditadura dos coronéis (1967-1974).

Com base em palavras de ordem xenófobas e antissemitas, o LAOS (cujo acrônimo significa "povo" em grego) encontrou espaço rapidamente, obtendo 13,7% dos votos nas eleições municipais de 2002, na circunscrição de Atenas-Pireus.

Seus eleitores não pareceram muito irritados com Karatzaferis que, em 2001, pediu um exame sobre o papel do Mossad (serviço secreto israelense) nos atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, e que apresentou quatro neonazistas em sua lista regional, em 2002.

Com o passar do tempo, este homem de 64 anos se esforçou em apresentar um perfil mais sereno, concentrado no populismo. Rejeitando o rótulo de extrema-direita, o partido adotou, em 2007, uma "carta" que obriga seus candidatos a se opor a "todo fenômeno de racismo, intolerância e antissemitismo".

Favorecido por esta busca de respeitabilidade, o LAOS alcançou nas legislativas desse ano o limite de 3% necessários para ingressar no Parlamento. Um sucesso reproduzido nas eleições de 2009, quando obteve 5,63% dos votos. Atualmente tem 16 deputados do total de 300 da Câmara e é a quarta força parlamentar.

Desde o começo da crise da dívida grega, o LAOS quis se mostrar como um parceiro político respeitável, que junto com os deputados socialistas aprovou o primeiro plano de resgate internacional da Grécia, acertado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, em maio de 2010.

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