UE revela novo plano para frear migrantes da África
Centenas de pessoas morreram nas últimas semanas na tentativa de alcançar a Europa em precárias embarcações, a maioria partindo da costa líbia
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2016 às 13h43.
A Comissão Europeia apresentará nesta terça-feira um novo plano para frear a chegada de migrantes que cruzam o Mediterrâneo provenientes da África em perigosas travessias pelo mar.
Centenas de pessoas morreram nas últimas semanas na tentativa de alcançar a Europa em precárias embarcações, a maioria partindo da costa líbia.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmersmans, e a chefe da diplomacia, Federica Mogherini, apresentarão as propostas aos eurodeputados reunidos no plenário de Estrasburgo (leste da França).
O novo plano propõe a utilização de fundos da UE para promover o investimento privado nos países de origem dos migrantes, considerados pela UE como migrantes econômicos, segundo um documento do Parlamento Europeu.
A Comissão também quer estabelecer um mecanismo que acelere o reenvio destes migrantes aos seus países de origem e estabelecer vias legais para os candidatos, evitando, assim, as partidas pelo mar.
Com estas propostas, a Comissão busca preparar o terreno antes de uma cúpula dos 28 chefes de Estado e de governo no fim de junho em Bruxelas na qual são esperadas novas decisões para enfrentar a crise migratória.
Estas propostas buscam atender às causas profundas da migração tentando dar aos africanos perspectivas de desenvolvimento em seus países através do financiamento de projetos concretos e incitando os países de origem a participar do controle do fluxo migratório à Europa.
Este objetivo já estava presente na cúpula de La Valeta, que reuniu em novembro em Malta os dirigentes dos dois continentes. A UE anunciou na época a criação de um fundo de 1,8 milhão de euros.
Mais de 2.500 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo durante o ano, das quais uma grande maioria tentava chegar à costa italiana desde que em março a UE selou um acordo com a Turquia para frear os cruzamentos do mar Egeu, principalmente de refugiados sírios.
Desde o início do ano, 47.000 migrantes chegaram à Itália. Para a UE, a grande maioria deve ser reenviada aos seus países de origem, mas menos de 40% dos intimados a partir deixam o território comunitário, segundo números de 2014, em parte pela falta de cooperação dos países de origem.
Roma impulsiona estas novas propostas, afirmavam várias fontes europeias citando o plano proposto recentemente pelo chefe do governo italiano, Matteo Renzi.
"Precisamos de um grande pacto euro-africano em troca de grandes investimentos, mas realmente grandes investimentos, já que os 1,8 milhão (prometidos) de La Valeta é muito pouco", explicou em meados de março À AFP o vice-ministro italiano a cargo dos assuntos africanos, Mario Giro.
Segundo Giro, Renzi e a chanceler alemã, Angela Merkel, evocaram investimentos estruturais no valor de 10 bilhões de euros nos países africanos de onde a maioria dos migrantes são provenientes.
A Comissão Europeia apresentará nesta terça-feira um novo plano para frear a chegada de migrantes que cruzam o Mediterrâneo provenientes da África em perigosas travessias pelo mar.
Centenas de pessoas morreram nas últimas semanas na tentativa de alcançar a Europa em precárias embarcações, a maioria partindo da costa líbia.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmersmans, e a chefe da diplomacia, Federica Mogherini, apresentarão as propostas aos eurodeputados reunidos no plenário de Estrasburgo (leste da França).
O novo plano propõe a utilização de fundos da UE para promover o investimento privado nos países de origem dos migrantes, considerados pela UE como migrantes econômicos, segundo um documento do Parlamento Europeu.
A Comissão também quer estabelecer um mecanismo que acelere o reenvio destes migrantes aos seus países de origem e estabelecer vias legais para os candidatos, evitando, assim, as partidas pelo mar.
Com estas propostas, a Comissão busca preparar o terreno antes de uma cúpula dos 28 chefes de Estado e de governo no fim de junho em Bruxelas na qual são esperadas novas decisões para enfrentar a crise migratória.
Estas propostas buscam atender às causas profundas da migração tentando dar aos africanos perspectivas de desenvolvimento em seus países através do financiamento de projetos concretos e incitando os países de origem a participar do controle do fluxo migratório à Europa.
Este objetivo já estava presente na cúpula de La Valeta, que reuniu em novembro em Malta os dirigentes dos dois continentes. A UE anunciou na época a criação de um fundo de 1,8 milhão de euros.
Mais de 2.500 pessoas morreram tentando cruzar o Mediterrâneo durante o ano, das quais uma grande maioria tentava chegar à costa italiana desde que em março a UE selou um acordo com a Turquia para frear os cruzamentos do mar Egeu, principalmente de refugiados sírios.
Desde o início do ano, 47.000 migrantes chegaram à Itália. Para a UE, a grande maioria deve ser reenviada aos seus países de origem, mas menos de 40% dos intimados a partir deixam o território comunitário, segundo números de 2014, em parte pela falta de cooperação dos países de origem.
Roma impulsiona estas novas propostas, afirmavam várias fontes europeias citando o plano proposto recentemente pelo chefe do governo italiano, Matteo Renzi.
"Precisamos de um grande pacto euro-africano em troca de grandes investimentos, mas realmente grandes investimentos, já que os 1,8 milhão (prometidos) de La Valeta é muito pouco", explicou em meados de março À AFP o vice-ministro italiano a cargo dos assuntos africanos, Mario Giro.
Segundo Giro, Renzi e a chanceler alemã, Angela Merkel, evocaram investimentos estruturais no valor de 10 bilhões de euros nos países africanos de onde a maioria dos migrantes são provenientes.