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UE pune mais 13 por crise na Ucrânia; OSCE pede diálogo

União Europeia decidiu adicionar 13 indivíduos e duas empresas à lista de pessoas físicas e jurídicas sujeitas a sanções

Presidente da OSCE, Didier Burkhalter: OSCE apresentou roteiro para acabar com crise (Georges Gobet/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 14h52.

Bruxelas - A União Europeia (UE) decidiu nesta segunda-feira adicionar 13 indivíduos e duas empresas à lista de pessoas físicas e jurídicas sujeitas a sanções, enquanto a OSCE apresentou ao bloco europeu um roteiro para acabar com a crise na Ucrânia .

As 13 pessoas, russas e ucranianas, entram para a lista que já contava com 48 personalidades punidas desde o início da crise.

As duas empresas incluídas na lista são duas instituições que tiraram proveito da anexação da Crimeia à Rússia, segundo fontes diplomáticas.

"Com os recentes acontecimentos na Ucrânia e na ausência de medidas para reduzir a tensão, o Conselho estendeu as medidas restritivas da UE pela situação na Ucrânia", indicou o Conselho Europeu em um comunicado, após uma reunião de ministros.

A UE permanece assim na segunda fase das sanções contra autoridades russas ou ucranianas vinculadas ao referendo separatista da Crimeia e à desestabilização da Ucrânia.

"Isso realmente não é suficiente", declarou à AFP o ministro lituano Linkus Linkevicius. "Acredito que serão necessárias mais sanções, incluindo o círculo íntimo" do presidente Vladimir Putin.

A terceira fase das sanções, que incluem medidas punitivas em diferentes setores econômicos, com um custo para os países da UE com maiores vínculos comerciais com a Rússia, gera profundas divisões entre os 28 países membros do bloco.

Evitar provocações

Durante a reunião ministerial, o presidente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Didier Burkhalter, apresentou o roteiro proposto pela organização para encontrar uma solução para a crise.

Burkhalter ressaltou que a OSCE deseja "se concentrar em um verdadeiro diálogo", o que é "muito difícil, porque já não há tempo suficiente".

Desta forma, em resposta a uma pergunta sobre as novas sanções da UE, o presidente da OSCE considerou "que não se deve fazer algo que possa ser entendido por um ou outro como um ato de provocação".


"Teremos uma janela de oportunidade daqui a alguns dias" para adotar "medidas concretas", acrescentou Burkhalter, que viajará a Kiev esta semana.

A OSCE nomeou um mediador para tentar convencer todas as partes na Ucrânia a participar de um diálogo para definir a futura organização do país.

O roteiro tem quatro pontos principais e retoma o decidido por UE, Ucrânia, Estados Unidos e Rússia em Genebra: o fim da violência e a anistia aos opositores pró-russos, o desarmamento dos grupos ilegais e o "retorno do monopólio da força do Estado", a promoção do diálogo nacional e a organização das eleições de 25 de maio.

Burkhalter insistiu que cabe às autoridades ucranianas organizar a mesa de diálogo, que deverá ser "a mais abrangente possível".

O dirigente, que apresentou na semana passada esse roteiro ao presidente russo Vladimir Putin, considerou que a Rússia não pode ficar à margem.

"Vimos em Moscou que há uma abertura para o diálogo", disse ele, indicando que o Kremlin considerou nesta segunda-feira com "respeito" os referendos organizados no domingo em duas regiões separatistas ucranianas, mas que não falou de "reconhecimento", o que é "algo positivo".

Em seu comunicado final, os ministros da UE defenderam "com firmeza a organização das eleições presidenciais de 25 de maio na Ucrânia" e pediram para que todas as partes respeitem a votação "para superar a crise".

A OSCE planeja enviar 1.000 observadores eleitorais à Ucrânia, na que será a maior missão de observação da história da organização.

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As 13 pessoas, russas e ucranianas, entram para a lista que já contava com 48 personalidades punidas desde o início da crise.

As duas empresas incluídas na lista são duas instituições que tiraram proveito da anexação da Crimeia à Rússia, segundo fontes diplomáticas.

"Com os recentes acontecimentos na Ucrânia e na ausência de medidas para reduzir a tensão, o Conselho estendeu as medidas restritivas da UE pela situação na Ucrânia", indicou o Conselho Europeu em um comunicado, após uma reunião de ministros.

A UE permanece assim na segunda fase das sanções contra autoridades russas ou ucranianas vinculadas ao referendo separatista da Crimeia e à desestabilização da Ucrânia.

"Isso realmente não é suficiente", declarou à AFP o ministro lituano Linkus Linkevicius. "Acredito que serão necessárias mais sanções, incluindo o círculo íntimo" do presidente Vladimir Putin.

A terceira fase das sanções, que incluem medidas punitivas em diferentes setores econômicos, com um custo para os países da UE com maiores vínculos comerciais com a Rússia, gera profundas divisões entre os 28 países membros do bloco.

Evitar provocações

Durante a reunião ministerial, o presidente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Didier Burkhalter, apresentou o roteiro proposto pela organização para encontrar uma solução para a crise.

Burkhalter ressaltou que a OSCE deseja "se concentrar em um verdadeiro diálogo", o que é "muito difícil, porque já não há tempo suficiente".

Desta forma, em resposta a uma pergunta sobre as novas sanções da UE, o presidente da OSCE considerou "que não se deve fazer algo que possa ser entendido por um ou outro como um ato de provocação".


"Teremos uma janela de oportunidade daqui a alguns dias" para adotar "medidas concretas", acrescentou Burkhalter, que viajará a Kiev esta semana.

A OSCE nomeou um mediador para tentar convencer todas as partes na Ucrânia a participar de um diálogo para definir a futura organização do país.

O roteiro tem quatro pontos principais e retoma o decidido por UE, Ucrânia, Estados Unidos e Rússia em Genebra: o fim da violência e a anistia aos opositores pró-russos, o desarmamento dos grupos ilegais e o "retorno do monopólio da força do Estado", a promoção do diálogo nacional e a organização das eleições de 25 de maio.

Burkhalter insistiu que cabe às autoridades ucranianas organizar a mesa de diálogo, que deverá ser "a mais abrangente possível".

O dirigente, que apresentou na semana passada esse roteiro ao presidente russo Vladimir Putin, considerou que a Rússia não pode ficar à margem.

"Vimos em Moscou que há uma abertura para o diálogo", disse ele, indicando que o Kremlin considerou nesta segunda-feira com "respeito" os referendos organizados no domingo em duas regiões separatistas ucranianas, mas que não falou de "reconhecimento", o que é "algo positivo".

Em seu comunicado final, os ministros da UE defenderam "com firmeza a organização das eleições presidenciais de 25 de maio na Ucrânia" e pediram para que todas as partes respeitem a votação "para superar a crise".

A OSCE planeja enviar 1.000 observadores eleitorais à Ucrânia, na que será a maior missão de observação da história da organização.

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