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UE inicia na Itália operação de divisão de refugiados

"Este avião representa a vitória de uma Europa que sabe ser solidária e responsável, que salva vidas", declarou Alfano

Refugiados em avião para a Suécia: uma centena de demandantes de asilo na Itália deverão viajar nas próximas semanas à Alemanha, à Holanda e aos demais países "que comunicaram sua disponibilidade" (Reuters / Remo Casilli)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2015 às 10h59.

Um grupo de 19 eritreus que havia solicitado asilo na Itália partiu nesta sexta-feira de Roma com destino à Suécia , no âmbito da primeira operação organizada pela União Europeia para dividir dezenas de milhares de refugiados pelo continente.

Os 19 eritreus, entre eles cinco mulheres, embarcaram sorridentes em um avião da polícia financeira e aduaneira italiana, depois de apertar a mão do ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, e do comissário europeu para a Migração, Dimitris Avramopoulos.

"Este avião representa a vitória de uma Europa que sabe ser solidária e responsável, que salva vidas", declarou Alfano.

Uma centena de demandantes de asilo na Itália deverão viajar nas próximas semanas à Alemanha, à Holanda e aos demais países "que comunicaram sua disponibilidade", acrescentou.

Os 19 eritreus são os primeiros dos 160.000 demandantes de asilo que se beneficiarão nos dois próximos anos deste programa de realocação inédito no seio da UE.

O ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn - país que ocupa a presidência da UE - também acompanhou a operação.

Os refugiados na Itália e na Grécia deverão ser transferidos em pequenos grupos aos demais Estados membros da União Europeia, 28 no total, em um prazo máximo de dois anos.

Uma operação que tem por objetivo aliviar a pior crise migratória que a Europa enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial.

A autorização a esta operação se tornou possível depois que a União Europeia rejeitou categoricamente a dura posição das nações da Europa Oriental, contrárias a acolhê-los.

Na próxima semanas outros grupos de refugiados deverão partir ao norte da Europa.

Para o grego Avramopoulos, esta sexta-feira é "um dia histórico para a Europa" e agradeceu a Luxemburgo pela rapidez com a qual colocou em andamento o sistema.

Forças de segurança, bombeiros, ONGs e meios de comunicação se dirigiram em grande número ao aeroporto militar de Ciampino de Roma.

"Hoje é um dia positivo e importante. São os primeiros que viajam no âmbito do novo plano europeu", declarou à imprensa Carlotta Sami, porta-voz para o sul da Europa do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).

"É um dia importante porque é o início do plano europeu. Esperamos que siga adiante, mas é preciso fazer mais", acrescentou, exigindo "medidas para fazê-los chegar à Europa de forma segura".

Segundo as estatísticas do Acnur, os eritreus representam 26% das 132.000 pessoas que chegaram neste ano à Itália, depois de terem sido resgatadas no Mediterrâneo.

Mais de 3.000 migrantes perderam a vida no mar desde o início de 2015, a maioria diante da costa da Líbia.

A outra face da moeda

Enquanto a acolhida e a divisão dos refugiados com direito a pedir asilo são organizados, a União Europeia decidiu na quinta-feira deportar de forma sistemática os imigrantes ilegais que fogem de seus países por razões econômicas.

"Os que não precisam da proteção internacional devem retornar ao seu país", anunciou Asselborn.

Paralelamente às transferências internas de refugiados, a UE iniciou nesta semana a segunda fase de uma operação militar sem precedentes, batizada de "Sophia", contra os traficantes de seres humanos no Mediterrâneo.

O plano agora consiste em realizar operações de busca, resgate e captura em águas internacionais dos navios que são utilizados para o tráfico de seres humanos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá adotar ainda nesta sexta-feira uma resolução que autoriza a operação com o objetivo de obter legitimidade internacional.

A União Europeia aprovou em meados de setembro o uso da força contra os traficantes de seres humanos que partem da Líbia, mas deverá se limitar a operar em águas internacionais.

Para operar em águas líbias é necessária a autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a aprovação das autoridades líbias, o que não é fácil.

Apesar desta exigência, navios militares de Itália, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Espanha navegam muito próximos à costa da Líbia, já que o limite é de 12 milhas náuticas.

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Um grupo de 19 eritreus que havia solicitado asilo na Itália partiu nesta sexta-feira de Roma com destino à Suécia , no âmbito da primeira operação organizada pela União Europeia para dividir dezenas de milhares de refugiados pelo continente.

Os 19 eritreus, entre eles cinco mulheres, embarcaram sorridentes em um avião da polícia financeira e aduaneira italiana, depois de apertar a mão do ministro italiano do Interior, Angelino Alfano, e do comissário europeu para a Migração, Dimitris Avramopoulos.

"Este avião representa a vitória de uma Europa que sabe ser solidária e responsável, que salva vidas", declarou Alfano.

Uma centena de demandantes de asilo na Itália deverão viajar nas próximas semanas à Alemanha, à Holanda e aos demais países "que comunicaram sua disponibilidade", acrescentou.

Os 19 eritreus são os primeiros dos 160.000 demandantes de asilo que se beneficiarão nos dois próximos anos deste programa de realocação inédito no seio da UE.

O ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn - país que ocupa a presidência da UE - também acompanhou a operação.

Os refugiados na Itália e na Grécia deverão ser transferidos em pequenos grupos aos demais Estados membros da União Europeia, 28 no total, em um prazo máximo de dois anos.

Uma operação que tem por objetivo aliviar a pior crise migratória que a Europa enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial.

A autorização a esta operação se tornou possível depois que a União Europeia rejeitou categoricamente a dura posição das nações da Europa Oriental, contrárias a acolhê-los.

Na próxima semanas outros grupos de refugiados deverão partir ao norte da Europa.

Para o grego Avramopoulos, esta sexta-feira é "um dia histórico para a Europa" e agradeceu a Luxemburgo pela rapidez com a qual colocou em andamento o sistema.

Forças de segurança, bombeiros, ONGs e meios de comunicação se dirigiram em grande número ao aeroporto militar de Ciampino de Roma.

"Hoje é um dia positivo e importante. São os primeiros que viajam no âmbito do novo plano europeu", declarou à imprensa Carlotta Sami, porta-voz para o sul da Europa do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).

"É um dia importante porque é o início do plano europeu. Esperamos que siga adiante, mas é preciso fazer mais", acrescentou, exigindo "medidas para fazê-los chegar à Europa de forma segura".

Segundo as estatísticas do Acnur, os eritreus representam 26% das 132.000 pessoas que chegaram neste ano à Itália, depois de terem sido resgatadas no Mediterrâneo.

Mais de 3.000 migrantes perderam a vida no mar desde o início de 2015, a maioria diante da costa da Líbia.

A outra face da moeda

Enquanto a acolhida e a divisão dos refugiados com direito a pedir asilo são organizados, a União Europeia decidiu na quinta-feira deportar de forma sistemática os imigrantes ilegais que fogem de seus países por razões econômicas.

"Os que não precisam da proteção internacional devem retornar ao seu país", anunciou Asselborn.

Paralelamente às transferências internas de refugiados, a UE iniciou nesta semana a segunda fase de uma operação militar sem precedentes, batizada de "Sophia", contra os traficantes de seres humanos no Mediterrâneo.

O plano agora consiste em realizar operações de busca, resgate e captura em águas internacionais dos navios que são utilizados para o tráfico de seres humanos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá adotar ainda nesta sexta-feira uma resolução que autoriza a operação com o objetivo de obter legitimidade internacional.

A União Europeia aprovou em meados de setembro o uso da força contra os traficantes de seres humanos que partem da Líbia, mas deverá se limitar a operar em águas internacionais.

Para operar em águas líbias é necessária a autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a aprovação das autoridades líbias, o que não é fácil.

Apesar desta exigência, navios militares de Itália, Grã-Bretanha, França, Alemanha e Espanha navegam muito próximos à costa da Líbia, já que o limite é de 12 milhas náuticas.

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