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UE divulgará resultados de provas de segurança nuclear

Primeiros detalhes da segurança das usinas nucleares da Europa serão divulgados nesta quinta-feira

O teste completo das usinas europeias só estará pronto em junho de 2012 (Odd Andersen/AFP)

O teste completo das usinas europeias só estará pronto em junho de 2012 (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 15h49.

Bruxelas - A Comissão Europeia apresentará nesta quinta-feira os primeiros resultados das provas de resistência das usinas nucleares localizadas nos países da União Europeia, que foram muito criticados após o acidente de Fukushima, no Japão.

A comissão disse que este primeiro relatório é baseado em dados provisórios enviados pelos estados-membros, e que respondem apenas a uma parte das questões de segurança.

A porta-voz de Energia da instituição, Marlene Holzber, explicou que os resultados finais das provas, que incluem resistência a terremotos, inundações e queda de energia serão divulgados em junho de 2012.

No final do ano, as usinas nucleares de cada país enviarão seu relatório final para a comissão, além de permitir que analistas façam visitas em suas instalações.

As provas de segurança começaram a serem realizadas após a catástrofe na usina de Fukushima, em março desse ano. A tragédia reavivou na Europa os temor de acidentes nucleares. Existem atualmente na UE 140 reatores.

O medo levou a Alemanha a antecipar seu blecaute nuclear para o ano de 2022, pouco tempo depois de uma lei autorizar o funcionamento dos 17 reatores do país até 2036.

Os ecologistas, no entanto, denunciam que as provas de resistência não são suficientes para avaliar a segurança das usinas nucleares. Segundo eles, os dados recebidos pela comissão em 15 de setembro tem lacunas importantes.

O grupo ambientalista do Parlamento Europeu disse nesta terça-feira que os testes não preveem o que aconteceria em casos de incêndio, falhas humanas e na colisão de uma aeronave.

Já o Greenpeace lamentou que as provas não apresentem planos de evacuação nas cidades próximas aos reatores. Pelo menos 19 usinas da Europa ficam nas cercanias de cidades com 100 mil ou mais habitantes. 

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