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UE afirma que não reconhecerá presidência de Maduro até verificar atas das eleições

Posição dos 27 Estados-membros do bloco será determinada no Conselho de Ministros das Relações Exteriores da próxima semana

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela (AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 23 de agosto de 2024 às 09h17.

O alto representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, antecipou nesta sexta-feira que o bloco europeu não reconhecerá Nicolás Maduro como presidente da Venezuela até que as atas eleitorais sejam entregues e possam ser verificadas.

“Enquanto não virmos um resultado verificável, não vamos reconhecê-lo”, frisou o chefe da diplomacia europeia, que se expressou desta forma depois de o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela ter ratificado Maduro como presidente, aceitando assim os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral, apesar de não ter divulgado as atas eleitorais, conforme exigia a comunidade internacional.

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Em uma conversa com a imprensa, Borrell insistiu que “todos têm de poder verificar qual é o resultado de uma eleição”, algo que “ainda não ocorreu e praticamente perdemos a esperança de que venha a ocorrer”.

O alto representante da UE acrescentou que os 27 Estados-membros do bloco estão "neste momento" tentando estabelecer uma posição sobre o assunto e, caso não seja fechada agora, anunciou que a posição será determinada no Conselho de Ministros das Relações Exteriores da próxima semana.

“Continuamos a dizer que devemos comprovar este resultado eleitoral e, até o momento, não vimos nenhuma prova. Ninguém viu as atas eleitorais, que o Conselho Nacional Eleitoral deve mostrar para demonstrar qual é esse resultado e, enquanto nós não virmos um resultado que seja verificável, não vamos reconhecê-lo", reiterou.

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela , controlado por magistrados ligados ao chavismo, confirmou ontem os resultados oficiais das eleições de 28 de julho, que proclamaram Maduro como vencedor, o que foi tachado como fraudulento dentro e fora do país.

A oposição, que publicou algumas atas na internet, afirma que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o vencedor por uma ampla margem.

Após a decisão do Supremo, González Urrutia instou o Conselho Nacional Eleitoral a realizar um processo de auditoria com observação internacional dos resultados.

Manifestações na Venezuela após eleição de Maduro

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