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Ucrânia denuncia intervenção russa e pede reunião na ONU

O primeiro-ministro da Ucrânia pediu reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU diante de presença de tropas russas no seu território

Premiê da Ucrânia, Arseni Yatseniuk: "Rússia aumentou sua presença militar" (Andrew Kravchenko/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2014 às 09h37.

Kiev - O primeiro-ministro da Ucrânia , Arseni Yatseniuk, pediu nesta quinta-feira aos seus colegas ocidentais que convoquem reunião com caráter de urgência ao Conselho de Segurança da ONU diante do que considera uma crescente presença de tropas russas em território do seu país.

"A Rússia aumentou substancialmente sua presença militar na Ucrânia", denunciou Yatseniuk após a bem-sucedida contra-ofensiva lançada pelos separatistas pró-Rússia no leste do país e a detenção, há dois dias, de dez soldados russos em território ucraniano.

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Kiev dá por certo que as tropas russas combatem já indissimuladamente no leste da Ucrânia, o que explicaria os recentes sucessos dos rebeldes no campo de batalha, e pediu ao Ocidente medidas mais decididas para combater a agressão russa.

"É preciso congelar os ativos e os recursos financeiros (de Moscou) até que Rússia tire suas forças armadas e armamento do território da Ucrânia", reivindicou o chefe do governo ucraniano.

Yatseniuk apontou que "as sanções adotadas (até agora) não deram resultado", e afirmou que o Ocidente deve "congelar todos os ativos russos e paralisar todas as transações bancárias da Rússia nos países-membros da União Europeia (UE), EUA e países do G7".

O embaixador dos Estados Unidos em Kiev, Geoffrey Pyatt, denunciou hoje a crescente intervenção direta de tropas russas no conflito armado na Ucrânia.

"Um número cada vez maior de tropas russas está diretamente envolvido em ações militares em território da Ucrânia. A Rússia enviou sistemas de defesa antiaérea de última geração ao leste da Ucrânia", escreveu o alto diplomata americano no Twitter.

O representante da Comissão Europeia em Kiev, David Stulik, escreveu ontem em sua página no Facebook que "em 27 de agosto começou uma aberta agressão russa em território ucraniano", uma declaração que em seguida foi qualificada de "opinião privada" por Bruxelas.

Os combates entre os dois lados enfrentados no leste da Ucrânia recrudesceram nos últimos dias, no meio de uma grande contra-ofensiva lançada pelos sublevados.

As milícias separatistas cercaram ontem à noite com seus tanques Novoazovsk, cidade na fronteira com a Rússia no litoral do mar de Azov e muito próxima a Mariopol, a segunda cidade mais importante da região de Donetsk para onde foram transferidos todos os órgãos de poder estadual e regional leais a Kiev.

Com seu rápido avanço para o sul da região, uma zona controlada praticamente desde o início do conflito pelas forças de Kiev, os rebeldes abriram uma terceira frente no leste da Ucrânia que se soma aos desdobrados em torno das cidades de Donetsk e Lugansk.

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