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Ucrânia acusa Yanukovich e Rússia por tiros em Kiev

Ministro ucraniano acusou o presidente destituído Viktor Yanukovich e os serviços secretos russos de responsabilidade por tiros contra manifestantes

Manifestantes na praça Maidan, em Kiev, depois de serem baleados: justiça anunciou detenção de 11 policiais e seus comandantes por envolvimento nos distúrbios (Sergei Supinsky/AFP)

Manifestantes na praça Maidan, em Kiev, depois de serem baleados: justiça anunciou detenção de 11 policiais e seus comandantes por envolvimento nos distúrbios (Sergei Supinsky/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 09h12.

Kiev - O ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, acusou nesta quinta-feira o presidente destituído Viktor Yanukovich e os serviços secretos russos de responsabilidade pelos tiros contra os manifestantes que protestavam em fevereiro em Kiev e que deixaram pelo menos 90 mortos.

"Yanukovich deu a ordem criminosa de atirar contra os manifestantes entre 18 e 20 de fevereiro", disse o ministro interino.

Avakov disse ainda que agentes russos do FSB (ex-KGB) "participaram no planejamento e execução da suposta operação antiterrorista".

A justiça ucraniana anunciou a detenção de 11 policiais e de seus comandantes por envolvimento nos distúrbios.

O FSB negou implicitamente o envolvimento, em um comunicado divulgado pela agência Ria Novosti.

A nota do FSB destaca: "Que estas afirmações fiquem na consciência dos serviços secretos ucranianos".

Depois de três meses de manifestações violentas contra o governo em Kiev, o final de fevereiro teve dois dias de confrontos intensos que levaram o Parlamento ucraniano a destituir o presidente pró-Moscou e seu governo.

Na madrugada de 19 de fevereiro, quase 20 pessoas, em sua maioria manifestantes, morreram vítimas de tiros na capital ucraniana e outras 60 morreram no dia seguinte.

Em muitos casos, as vítimas foram atingidas em ações de franco-atiradores.

A Rússia afirma que os grupos ultranacionalistas ucranianos atiraram primeiro contra a polícia, em uma tentativa de atribuir a violência ao presidente Yanukovich e a seus aliados de Moscou.

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