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Ucrânia acusa Bielorrússia de aumentar contingente militar na fronteira entre os dois países

Chancelaria ucraniana afirma que tropas foram identificadas na região de Gomel

In this handout photograph taken and released by the Ukrainian Presidential Press Service on July 8, 2024, Ukraine's President Volodymyr Zelensky attends a meeting with Polish Prime Minister in Warsaw, ahead of NATO's 75th anniversary leader's summit. The NATO military alliance in April marked 75 years since the signing of its founding treaty in Washington -- where its members gather for an anniversary summit from 9-11 July 2024. (Photo by Handout / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE" - NO MARKETING NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 25 de agosto de 2024 às 17h07.

Última atualização em 25 de agosto de 2024 às 17h09.

A Ucrânia acusou a Bielorrússia de concentrar forças em áreas da fronteira entre os dois países e alertou as autoridades locais “para que não cometam erros trágicos por pressão de Moscou”.

Em 2022, o território bielorrusso foi usado pela Rússia nos primeiros momentos da guerra, e há tropas russas posicionadas ali, mas até agora Minsk tem evitado se envolver diretamente no conflito.

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Segundo comunicado da Chancelaria ucraniana, as tropas, incluindo forças de operações especiais, realizam exercícios na região de Gomel, e estão usando tanques, artilharia, sistemas de defesa aérea e equipamento de engenharia. Integrantes da milícia Grupo Wagner, que está baseada na Bielorrússia desde um levante na Rússia, no ano passado, também foram identificados pela inteligência de Kiev.

“A realização de exercícios na área de fronteira e nas proximidades da instalação de energia nuclear, a Usina Nuclear de Chernobyl, representa uma ameaça à segurança nacional da Ucrânia e à segurança global em geral”, afirma o texto.”

Alertamos as autoridades bielorrussas para não cometerem erros trágicos para seu país sob a pressão de Moscou, e pedimos que suas Forças Armadas cessem ações hostis e retirem forças da fronteira do Estado da Ucrânia para uma distância maior do que o alcance de tiro dos sistemas da Bielorrússia.”

Apesar de serem aliados próximos de Moscou, os bielorrussos não participam diretamente com tropas ou equipamentos da invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. Contudo, seu território foi usado em manobras que antecederam a guerra, e também como ponto de partida para ofensivas iniciais, incluindo na direção de Kiev.

O país, dependente economicamente da Rússia, é alvo de sanções similares às aplicadas contra o Kremlin, e não dá sinais de que pretenda mudar seus planos a médio ou longo prazo.

Contudo, a presença de militares na fronteira pode ser um sinal de que o presidente, Alexander Lukashenko, estaria aberto a contribuir com tropas no esforço de guerra, no momento em que se discute abertamente a possibilidade de uma nova mobilização entre os russos. Caso isso aconteça, os ucranianos alertam que o preço deve ser elevado.

“Enfatizamos que a Ucrânia nunca tomou e não tomará nenhuma ação hostil contra o povo bielorrusso”, diz o comunicado da Chancelaria. “Alertamos que, em caso de violação da fronteira estatal da Ucrânia pela Bielorrússia, nosso Estado tomará todas as medidas necessárias para exercer o direito à autodefesa garantido pela Carta da ONU. Consequentemente, todas as concentrações de tropas, instalações militares e rotas de suprimento na Bielorrússia se tornarão alvos legítimos para as Forças Armadas da Ucrânia.”

A Bielorrússia não comentou.

No dia 9 de agosto, Lukashenko afirmou que dez drones ucranianos “violaram a fronteira” e foram abatidos e entregues para a Rússia, e integrantes do governo revelaram que outras aeronaves não tripuladas foram identificadas em missões de reconhecimento.

Na semana passada, o presidente acusou os ucranianos de posicionarem forças na fronteira, e afirmou que também reforçaria suas posiçõe defensivas.

"Vendo sua política agressiva, nós introduzimos (militares) e os colocamos em certos pontos, em caso de guerra, eles seriam a defesa. Nossos militares ao longo de toda a fronteira — disse Lukashenko, citado pela agência BelTA, em uma entrevista à televisão estatal russa".

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