Exame Logo

Tutu denuncia casamento forçado de meninas na África

Desmond Tutu foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 por seu papel na luta contra a segregação das populações com base no critério da cor da pele

Desmond Tutu: cerca de dez milhões de crianças são casadas a cada ano de maneira forçada no mundo (©AFP / Stephane de Sakutin)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 17h38.

Johannesburgo - O casamento forçado de meninas menores de idade é tão condenável quanto o apartheid, e deve ser combatido com o mesmo vigor, considerou nesta terça-feira, em Johannesburgo, o ex-arcebispo anglicano sul-africano Desmond Tutu.

"Este é um problema que eu comparo ao apartheid na África do Sul , que eu gostaria de combater com a mesma paixão, o mesmo compromisso que eu tive para lutar contra o apartheid", declarou à AFP, à margem de um seminário sobre a questão do casamento infantil na África realizado pelo Grupo Elders.

Desmond Tutu foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 por seu papel na luta contra a segregação das populações com base no critério da cor da pele que foi praticado na África do Sul.

"O apartheid procura deliberadamente silenciar toda uma comunidade, e esta prática (o casamento forçado) faz a mesma coisa. Realmente impede que comunidades inteiras se desenvolvam, como aconteceria se as meninas tivessem a chance de ficar mais tempo na escola", continuou o prelado, um dos ícones da luta contra o regime racista da África do Sul revogado em 1994.

Cerca de dez milhões de crianças são casadas a cada ano de maneira forçada no mundo, de acordo com estatísticas fornecidas por organizações públicas de saúde durante a conferência de Johannesburgo. Em Níger concentra-se a maior percentagem de casamentos precoces, com três a cada quartos meninas forçadas a se casar antes dos 18 anos, de acordo com essas fontes.

Se esta prática não for rapidamente abolida em todos os lugares, de acordo com Desmond Tutu, o mundo nunca vai conseguir atingir "os objetivos para o milênio" estabelecidos pela ONU para 2015, com a finalidade de reduzir a fome, a pobreza, e dar a todos o acesso à saúde e educação.

Graça Machel, esposa do ex-presidente Nelson Mandela, também falou durante a conferência e declarou: "Ninguém tem o direito de determinar o que deve ser a vida de outro ser humano. Mesmo se você for um pai, mesmo se você foi um guardião".

Veja também

Johannesburgo - O casamento forçado de meninas menores de idade é tão condenável quanto o apartheid, e deve ser combatido com o mesmo vigor, considerou nesta terça-feira, em Johannesburgo, o ex-arcebispo anglicano sul-africano Desmond Tutu.

"Este é um problema que eu comparo ao apartheid na África do Sul , que eu gostaria de combater com a mesma paixão, o mesmo compromisso que eu tive para lutar contra o apartheid", declarou à AFP, à margem de um seminário sobre a questão do casamento infantil na África realizado pelo Grupo Elders.

Desmond Tutu foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1984 por seu papel na luta contra a segregação das populações com base no critério da cor da pele que foi praticado na África do Sul.

"O apartheid procura deliberadamente silenciar toda uma comunidade, e esta prática (o casamento forçado) faz a mesma coisa. Realmente impede que comunidades inteiras se desenvolvam, como aconteceria se as meninas tivessem a chance de ficar mais tempo na escola", continuou o prelado, um dos ícones da luta contra o regime racista da África do Sul revogado em 1994.

Cerca de dez milhões de crianças são casadas a cada ano de maneira forçada no mundo, de acordo com estatísticas fornecidas por organizações públicas de saúde durante a conferência de Johannesburgo. Em Níger concentra-se a maior percentagem de casamentos precoces, com três a cada quartos meninas forçadas a se casar antes dos 18 anos, de acordo com essas fontes.

Se esta prática não for rapidamente abolida em todos os lugares, de acordo com Desmond Tutu, o mundo nunca vai conseguir atingir "os objetivos para o milênio" estabelecidos pela ONU para 2015, com a finalidade de reduzir a fome, a pobreza, e dar a todos o acesso à saúde e educação.

Graça Machel, esposa do ex-presidente Nelson Mandela, também falou durante a conferência e declarou: "Ninguém tem o direito de determinar o que deve ser a vida de outro ser humano. Mesmo se você for um pai, mesmo se você foi um guardião".

Acompanhe tudo sobre:abuso-sexualÁfricaÁfrica do SulCasamentoCrimeMulheres

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame