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Turquia detém milicianos curdos que lutam contra jihadistas

Centenas de milicianos curdos que lutam contra os jihadistas do Estado Islâmico na cidade curdo-síria de Kobane foram detidos

Combatentes curdos: 270 combatentes das milícias curdas de Kobane foram detidos (Karim Sahib/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 12h29.

Ancara - Centenas de milicianos curdos que lutam contra os jihadistas do Estado Islâmico na cidade curdo-síria de Kobane foram detidos pelas autoridades turcas, informou nesta terça-feira a emissora "CNNTürk".

O canal de notícias relatou que cerca de 270 combatentes das milícias curdas de Kobane, as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG, sigla em língua curda), foram detidos pelas autoridades quando entraram na Turquia pela fronteira com a Síria na semana passada.

Após uma breve greve de fome, cerca de 60 receberam hoje permissão para retornar a Kobane, segundo a "CNNTürk".

"Viemos de Kobane através da passagem oficial, não de forma clandestina. No entanto, nos mantém retidos aqui, mesmo após um interrogatório, e não podemos sair. Não sabemos o motivo", garantiu um desses combatentes ao jornal "Zaman".

Nas últimas semanas, 422 guerrilheiros curdo-sírios chegaram ao hospital público de Suruç para serem tratados dos ferimentos sofridos na frente de batalha, informou hoje a publicação "Hürriyet".

Segundo essa fonte, as autoridades turcas identificaram 40 membros da guerrilha curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, sigla em língua curda), considerada uma organização terrorista por Turquia, EUA e UE, entre esses combatentes.

De fato, Ancara insistiu que considera tanto o PKK como os jihadistas do Estado Islâmico como terroristas.

O PKK e as YPG mantêm estreitas relações e não é um segredo que vários membros do primeiro foram até Kobane para lutar contra os jihadistas.

A guerrilha do PKK mantém desde março de 2013 um cessar-fogo com o governo turco para conseguir avanços nas negociações de paz, mas a negativa de Ancara para permitir o envio de armas a Kobane e de intervir contra os jihadistas piorou o ambiente.

Aviões militares turcos bombardearam na segunda-feira posições do PKK no sudeste da Turquia, em resposta a ataques por parte dos guerrilheiros a um quartel militar turco, informou hoje a imprensa local.

A "CNNTürk" informou hoje que os feridos de Kobane continuam sendo levados para hospitais turcos, mas em condições cada vez mais perigosas, já que os jihadistas se aproximaram o suficiente para bombardear a passagem que conecta a cidade sírio-curda com a fronteira turca.

"As balas passam por cima de nossas cabeças, mas seguimos tentando levar os feridos para o hospital, mesmo sendo muito arriscado", declarou um motorista de ambulância à "CNNTürk".

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Ancara - Centenas de milicianos curdos que lutam contra os jihadistas do Estado Islâmico na cidade curdo-síria de Kobane foram detidos pelas autoridades turcas, informou nesta terça-feira a emissora "CNNTürk".

O canal de notícias relatou que cerca de 270 combatentes das milícias curdas de Kobane, as Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG, sigla em língua curda), foram detidos pelas autoridades quando entraram na Turquia pela fronteira com a Síria na semana passada.

Após uma breve greve de fome, cerca de 60 receberam hoje permissão para retornar a Kobane, segundo a "CNNTürk".

"Viemos de Kobane através da passagem oficial, não de forma clandestina. No entanto, nos mantém retidos aqui, mesmo após um interrogatório, e não podemos sair. Não sabemos o motivo", garantiu um desses combatentes ao jornal "Zaman".

Nas últimas semanas, 422 guerrilheiros curdo-sírios chegaram ao hospital público de Suruç para serem tratados dos ferimentos sofridos na frente de batalha, informou hoje a publicação "Hürriyet".

Segundo essa fonte, as autoridades turcas identificaram 40 membros da guerrilha curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, sigla em língua curda), considerada uma organização terrorista por Turquia, EUA e UE, entre esses combatentes.

De fato, Ancara insistiu que considera tanto o PKK como os jihadistas do Estado Islâmico como terroristas.

O PKK e as YPG mantêm estreitas relações e não é um segredo que vários membros do primeiro foram até Kobane para lutar contra os jihadistas.

A guerrilha do PKK mantém desde março de 2013 um cessar-fogo com o governo turco para conseguir avanços nas negociações de paz, mas a negativa de Ancara para permitir o envio de armas a Kobane e de intervir contra os jihadistas piorou o ambiente.

Aviões militares turcos bombardearam na segunda-feira posições do PKK no sudeste da Turquia, em resposta a ataques por parte dos guerrilheiros a um quartel militar turco, informou hoje a imprensa local.

A "CNNTürk" informou hoje que os feridos de Kobane continuam sendo levados para hospitais turcos, mas em condições cada vez mais perigosas, já que os jihadistas se aproximaram o suficiente para bombardear a passagem que conecta a cidade sírio-curda com a fronteira turca.

"As balas passam por cima de nossas cabeças, mas seguimos tentando levar os feridos para o hospital, mesmo sendo muito arriscado", declarou um motorista de ambulância à "CNNTürk".

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