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Trump insistirá em muro na fronteira em discurso do Estado da União

Presidente americano não chegará a declarar uma emergência nacional em razão disso, ao menos por ora

Trump deve pressionar democratas a aprovarem o financiamento de seu tão prometido muro na fronteira (Jim Young/Reuters)
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Reuters

Publicado em 5 de fevereiro de 2019 às 12h48.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , deve pressionar democratas a aprovarem o financiamento de seu tão prometido muro na fronteira em seu discurso do Estado da União nesta terça-feira, mas não chegará a declarar uma emergência nacional em razão disso, ao menos por ora.

Às 21h locais, perante uma sessão conjunta do Congresso, Trump provavelmente causará atritos com comentários sobre a política imigratória, depois que sua exigência de 5,7 bilhões de dólares de custeio para o muro desencadeou uma paralisação de governo histórica de 35 dias pela qual mais da metade da população o culpa, segundo uma pesquisa Reuters/Ipsos.

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Milhões de norte-americanos devem acompanhar o discurso pela televisão, dando a Trump sua maior oportunidade até hoje de explicar por que acredita que seja necessária uma barreira na divisa sul com o México. O pronunciamento foi adiado em uma semana devido à paralisação, encerrada em 25 de janeiro.

Quando Trump estiver no centro da tribuna da Câmara dos Deputados, bem atrás dele estará sentada sua maior adversária no Congresso, a democrata Nancy Pelosi, que se tornou presidente da Câmara depois que seu partido assumiu o controle da casa nas eleições de novembro.

Ela não tem dado sinais de que recuará de sua oposição à exigência de financiamento do muro. Isso levou Trump a cogitar declarar uma emergência nacional, o que ele disse que lhe permitiria transferir fundos com outros destinos sem uma ação do Congresso.

Mas uma fonte próxima do presidente disse que não se espera dele tal medida, que provavelmente seria contestada com rapidez pelos democratas nos tribunais. Ao invés disso, ele instará um comitê congressual a fechar um acordo sobre a segurança de fronteira até o dia 15 de fevereiro.

"Ele preparará o cenário", disse a fonte. "Ele dirá às pessoas: 'aqui porque eu deveria fazê-lo', mas dirá 'estou dando ao Congresso outra chance de agir'".

O discurso de Trump também oferecerá um gesto de paz aos oponentes tendo em vista a eleição de 2020, mirando áreas que ele vê com potencial para acordos bipartidários, como melhorias na infraestrutura e custos menores para os remédios e a saúde.

Uma autoridade de alto escalão disse que Trump "incentivará o Congresso a rejeitar a política da resistência e da retaliação e, em vez disso, adotar um espírito de cooperação e concessão para que possamos consegui-lo".

Trump também tratará de política externa, o que incluirá expressar apoio a um esforço para coagir o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, a renunciar, declarar o grupo militante Estado Islâmico praticamente derrotado e talvez anunciar onde voltará a se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong Un. Ele ainda prestará contas das conversas comerciais com os chineses.

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