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Gigantes americanas perdem US$ 4,3 trilhões em 2025, seis vezes o valor da B3

Empresas do grupo Seven Magnificents, como Apple, Microsoft e Nvidia, registram forte desvalorização no início do ano, refletindo a volatilidade do mercado global

A onda de desvalorização das empresas americanas levanta dúvidas sobre a resiliência da bolsa dos EUA e seu impacto nos mercados emergentes (iStock/Reprodução)

A onda de desvalorização das empresas americanas levanta dúvidas sobre a resiliência da bolsa dos EUA e seu impacto nos mercados emergentes (iStock/Reprodução)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 10 de março de 2025 às 20h20.

O mercado financeiro dos Estados Unidos enfrentou uma segunda-feira sangrenta. A bolsa americana registrou hoje, 10 de março, uma perda de US$ 1,61 trilhão em um único dia — 2,3 vezes o valor de mercado da bolsa brasileira,atualmente estimada em US$ 699 bilhões.

O valor é ainda maior desde o começo do ano. De acordo com um levantamento da Elos Ayta, entre 20 de janeiro e 10 de março de 2025, as empresas listadas perderam US$ 4,33 trilhões em valor de mercado – o equivalente a 6,2 vezes a capitalização total das companhias listadas na B3.

Seven Magnificents

A queda do mercado foi ainda mais acentuada entre as chamadas Seven Magnificents, grupo que reúne Apple, Microsoft, Nvidia, Tesla e outras gigantes do setor de tecnologia. Juntas, as companhias perderam US$ 2,54 trilhões desde janeiro – valor que equivale a 3,6 vezes a capitalização total da B3. Neste dia 10, sozinhos, o tombo foi de US$ 759 bilhões.

Entre os destaques negativos, a Nvidia, uma das líderes do setor de chips e inteligência artificial, sofreu um recuo de US$ 762 bilhões em seu valor de mercado. Já a Tesla, de Elon Musk, enfrentou perda de US$ 655 bilhões em meio a incertezas sobre a demanda global por veículos elétricos.

A onda de desvalorização das empresas americanas levanta dúvidas sobre a resiliência da bolsa dos EUA e seu impacto nos mercados emergentes. Com o aumento da aversão ao risco e os reflexos das políticas econômicas do governo de Donald Trump, investidores buscam alternativas mais seguras, o que pode influenciar a liquidez e o fluxo de capital em países como o Brasil.

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