Trump, em meio a casos de pacotes-bomba, culpa mídia por provocar ódio
Trump disse que "muito da raiva que vemos hoje na nossa sociedade é causada pelas reportagens propositalmente falsas"
Reuters
Publicado em 25 de outubro de 2018 às 09h04.
Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 11h08.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , culpou nesta quinta-feira os meios de comunicação de contribuir para a "ira" que existe atualmente na sociedade e pediu que mudem seu "odioso" comportamento, depois que as autoridades interceptaram vários artefatos explosivos dirigidos a figuras democratas.
"Uma grande parte da ira que vemos hoje em dia na nossa sociedade é causada pelas informações deliberadamente falsas e inexatas dos meios de comunicação de massa aos quais me refiro como 'fake news'", escreveu Trump na sua conta do Twitter.
O presidente americano ressaltou que se trata de algo "tão ruim e odioso que excedeu qualquer descrição".
"Os meios de comunicação de massa devem mudar seu comportamento, RÁPIDO!", acrescentou.
A polícia interceptou hoje um novo pacote suspeito dirigido à residência do ex-vice-presidente americano, Joe Biden, em New Castle (Delaware), o qual seria o nono artefato destas caraterísticas enviado a destacadas figuras democratas
No começo da manhã, a polícia de Nova York anunciou que está investigando um pacote suspeito dirigido ao ator americano Robert de Niro que tinha sido enviado a um restaurante de sua propriedade em Nova York.
Estes incidentes aconteceram depois que nos dois últimos dias foram detectados outros pacotes enviados ao ex-presidente Barack Obama e à ex-secretária de Estado Hillary Clinton, embora sem risco que chegassem a ser abertos diretamente por eles, assim como ao filantropo Georges Soros e à rede de televisão "CNN", entre outros.
Embora as causas sejam desconhecidas, o fato de que os destinatários dos pacotes sejam conhecidos antagonistas de Trump levou o atual presidente a pedir "unidade" ao país, quando faltam duas semanas para as eleições legislativas de 6 de novembro.
Trump manifestou ainda sua repulsa pelo que considerou "atrozes" tentativas de ataque e pediu ao país para "unir-se" para repudiar os "atos ou ameaças de violência política".