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Trump é contra depoimentos de assessores sobre caso Rússia no Congresso

O ex-advogado da Casa Branca, Don McGahn, foi convocado a depor sobre o relatório de Mueller que investiga o envolvimento da Rússia nas eleições americanas

Trump: "Vamos nos opor a todas as convocações", afirmou o presidente americano (Drew Angerer/Getty Images)
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EFE

Publicado em 24 de abril de 2019 às 14h27.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta quarta-feira que é contra qualquer convocação de assessores da Casa Branca para depor sobre o chamado caso Rússia na Câmara dos Representantes, que decidiu abrir uma investigação para esclarecer se o líder republicano cometeu crime de obstrução à Justiça.

"Já é suficiente. Vamos nos opor a todas as convocações", disse Trump aos jornalistas pouco antes de viajar para Atlanta, onde participará de um evento sobre a crise de opioides que afeta o país.

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O presidente do Comitê de Justiça da Câmara dos Representantes, Jerrold Nadler, convocou Don McGahn, ex-advogado da Casa Branca, a depor sobre alguns fatos descritos no relatório da investigação sobre o caso Rússia. O documento foi elaborado pelo procurador especial Robert Mueller e revelado parcialmente na última semana.

Os democratas querem esclarecer se Trump cometeu um crime passível de impeachment. No relatório, Mueller afirmou que o presidente deu ordens para que funcionários da Casa Branca interferissem nas investigações, mas não chegou a cometer crime de obstrução à Justiça porque os funcionários do governo não o obedeceram.

Trump disse que a convocação é "ridícula" e que as investigações são uma estratégia do Partido Democrata para prejudicar a imagem da Casa Branca visando as eleições presidenciais de 2020.

"A única maneira para vencer é ir contra mim constantemente com coisas sem sentido", criticou Trump.

O presidente americano também atacou a tentativa dos democratas de obter as declarações de imposto de renda feitas por ele em anos anteriores. O pedido para ter acesso aos documentos já foi feito pela Câmara dos Representantes, controlada pela oposição.

"Agora a Câmara dos Representantes quer conhecer todos os negócios que fiz ao longo da minha vida. Dou como certo que Mueller, por US$ 35 milhões (custo da investigação do caso Rússia), viu meus impostos e comprovou que minhas finanças são magníficas", disse.

Os democratas estão divididos e discutem se abrem ou não um pedido impeachment contra Trump. Parte deles considera insuficiente o relatório de Mueller, que concluíu que não há provas suficientes para acusar criminalmente a equipe do presidente de ter conspirado com o governo da Rússia para vencer as eleições de 2016.

No entanto, Mueller deixa aberta a possibilidade de Trump ter cometido crime de obstrução à Justiça, hipótese considerada pelos democratas para considerar o pedido de impeachment.

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