Trump diz que imprensa é 'quase tão corrupta quanto as nossas eleições' e promete 'corrigí-la'
Republicano também disse que vai encerrar a guerra na Ucrânia, mas se recusou a dizer se já conversou com o líder russo desde sua reeleição
Agência de notícias
Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 17h55.
Em sua primeira entrevista coletiva desde a eleição presidencial dos Estados Unidos, na qual saiu vencedor, Donald Trump acusou a imprensa de corrupção, citou dados já desmentidos sobre vacinas e autismo, prometeu cortar impostos, retomar a construção do muro na fronteira edeclarou que conversará com os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para buscar o fim da guerra iniciada pela invasão russa em fevereiro de 2022.
Falando de sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida, o republicano usou sua aparição para abordar uma variedade de temas durante uma apresentação de uma hora, quelembrou os longos encontros com a imprensa de seu primeiro mandato (2017-2021).
“Precisamos corrigir a imprensa”, disse Trump aos repórteres. “A imprensa é muito corrupta. Quase tão corrupta quanto nossas eleições.”
Trump prometeu continuar tomando medidas legais contra organizações de notícias que, segundo ele, não o citaram corretamente. O republicano afirmou ainda que vai processar o jornal Des Moines Register, de Iowa, por uma pesquisa eleitoral errada, e o programa 60 Minutes por citação incorreta.
Guerra na Ucrânia
“Falaremos com o presidente Putin e falaremos com Zelensky e os representantes da Ucrânia. Temos que parar isso, é uma carnificina”, declarou o republicano.
Trump não confirmou se já conversou com Putin desde sua eleição em novembro, mas reiterou que a Rússia não teria invadido a Ucrânia durante sua administração. Ele também defendeu que Zelensky esteja disposto a negociar com Moscou para encerrar o conflito, sem especificar o que a Ucrânia deveria ceder.
O republicano sugeriu ainda que pode reverter a permissão dada por Joe Biden para que a Ucrânia utilize mísseis americanos em território russo, classificando a medida como “um grande erro”.
Elogios a aliados
Além de tratar de temas internacionais, Trump elogiou Pete Hegseth, seu indicado para secretário de Defesa, e Robert F. Kennedy Jr., seu escolhido para comandar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos.