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Trump diz que "adoraria" falar com procurador especial do caso Rússia

O presidente americano afirmou que gostaria de conversar com o procurador Robert Mueller e negou a interferência russa nas eleições americanas

Trump: o presidente americano criticou os investigadores sobre a interferência russa na eleições de 2016 (REUTERS/Leah Millis/Reuters)
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EFE

Publicado em 4 de maio de 2018 às 13h43.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , afirmou nesta sexta-feira que "adoraria" falar com Robert Mueller, o procurador especial encarregado de investigar a suposta interferência russa nas eleições presidenciais de 2016, que quer interrogar o chefe de Estado.

"Eu adoraria falar. Ninguém quer falar mais do que eu. Adoraria falar porque não fizemos nada errado", disse Trump instantes antes de partir para Dallas (Texas), onde deve participar da convenção anual da Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), o principal grupo de pressão política do país vinculado à indústria armamentista.

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No entanto, Trump criticou os integrantes do grupo de investigadores responsáveis por averiguar a ingerência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016 e a possível coordenação dos russos com seu comitê de campanha para favorecê-lo, ao comentar que são "todos democratas".

"(Robert) Bob Mueller trabalhou para (o ex-presidente Barack) Obama durante oito anos", indicou Trump, apesar de o procurador ser vinculado ao Partido Republicano.

Trump insistiu que gostaria muito de falar com Mueller porque, tanto ele como sua equipe, realizaram uma "grande campanha" e ganharam "facilmente" as eleições.

"Tendo a ver que seremos tratados de maneira justa; atualmente isto é uma pura 'caça às bruxas'", acrescentou Trump.

Na segunda-feira, o jornal "The New York Times" informou que obteve uma lista com as 49 perguntas que Mueller queira fazer a Trump, que lamentou o fato de as questões "terem sido vazadas para os veículos de imprensa".

A equipe de Mueller entregou as perguntas ao entorno jurídico de Trump, que era então liderado por seu advogado John Dowd, com o objetivo de convencê-los a permitirem que o procurador especial interrogasse o presidente, algo que estão tentando conseguir há meses.

Trump queria programar esse interrogatório, mas Dowd resistiu a facilitar esse encontro por considerar que a natureza das perguntas poderia prejudicar o presidente, e finalmente renunciou a seu cargo em março, poucos dias depois de receber as perguntas, segundo o "NYT".

A equipe jurídica de Trump é liderada agora pelo ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que se reuniu na semana passada com Mueller para reabrir as negociações sobre um possível interrogatório do presidente, e se mostrou aberto a essa ideia, segundo o jornal "The Washington Post".

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