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Trump defende sua indicada para dirigir a CIA após críticas por tortura

A indicada para assumir a direção da CIA, Gina Haspel, é acusada de ter torturado prisioneiros durante interrogatórios sobre o atentado de 11 de setembro

Trump: o presidente americano afirmou que Haspel foi criticada por ser dura demais com terroristas (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: o presidente americano afirmou que Haspel foi criticada por ser dura demais com terroristas (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de maio de 2018 às 10h08.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira sua indicada para dirigir a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês), Gina Haspel, diante da multidão de críticas recebidas pela forma na qual ela teria conduzido alguns interrogatórios, nos quais teria submetido prisioneiros à tortura, após os atentados de 11 de setembro de 2001.

"Minha muito respeitada indicada para ser a diretora da CIA, Gina Haspel, foi criticada porque foi dura demais com os terroristas", disse Trump em seu perfil oficial no Twitter.

Além disso, o presidente americano garantiu que "nestes tempos tão perigosos", os EUA têm "a pessoa mais qualificada, uma mulher, que os democratas querem FORA porque é dura demais com o terror".

Após ter assumido há duas semanas a direção da CIA de maneira interina, Haspel deverá se submeter nesta quarta-feira a um processo de confirmação no Senado que deverá ser bastante complicado devido às acusações que pesam sobre ela por sua suposta participação em interrogatórios com uso de tortura.

Na última sexta-feira, o jornal "The Washington Post" especulou que Haspel estaria pensando em retirar sua candidatura antes da sabatina no Senado para proteger a sua imagem e a da CIA, mas, até agora, a indicação segue de pé.

A imprensa americana denunciou em várias ocasiões que Haspel foi a máxima responsável de uma prisão secreta na Tailândia, para onde foram transferidos vários supostos terroristas islamitas que sofreram graves torturas.

Além disso, Haspel, que poderia se transformar na primeira mulher a dirigir a agência, também foi acusada de ter eliminado todas as provas dessas práticas desumanas.

No entanto, desde que Trump designou Haspel para o cargo em março, a CIA e a Casa Branca realizaram uma intensa campanha para limpar a imagem da agente especial.

Ambas as instituições defenderam que existem muitos documentos sobre a vida de Haspel, que entrou na CIA em 1985, que estão classificados e que poderiam pôr em risco a segurança do país caso sejam tornados públicos.

 

 

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