Mundo

Tribunal egípcio rejeita alguns artigos da lei eleitoral

O órgão considerou que alguns artigos não refletem de forma precisa o estipulado na Constituição


	A câmara alta do Egito: a câmara revisará os artigos rechaçados e fará uma nova versão deles
 (REUTERS/Asmaa Waguih)

A câmara alta do Egito: a câmara revisará os artigos rechaçados e fará uma nova versão deles (REUTERS/Asmaa Waguih)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2013 às 13h39.

Cairo - O Tribunal Constitucional egípcio rejeitou nesta segunda-feira cinco artigos da minuta da nova lei que regulará as próximas eleições parlamentares, cuja data deve ser anunciada antes do fim deste mês.

A corte decidiu devolver a norma à câmara alta do Parlamento, que atualmente exerce todo o poder legislativo, para que revise os artigos rechaçados e os reforme, segundo os meios de imprensa oficiais egípcios.

As reservas do tribunal com relação à minuta são principalmente de tipo técnico e formal, ao considerar que alguns artigos não refletem de forma precisa o estipulado na Constituição.

Na cláusula referente aos requisitos das candidaturas, o projeto legislativo indica que o aspirante deve ser "cidadão egípcio", enquanto a Carta Magna também acrescenta que este deve "gozar dos direitos políticos e civis".

A corte também pediu que a lei estabeleça o número exato de observadores que supervisionarão as eleições, entre outros aspectos.

O magistrado Mahmoud al Sherif, porta-voz do Clube de Juízes, principal associação da magistratura, descartou que a decisão do Constitucional irá representar um atraso no anúncio da data do pleito.

Os preparativos da reunião eleitoral devem começar nos 60 dias seguintes à aprovação da Carta Magna, que aconteceu em 25 de dezembro em um referendo.

Al Sherif acrescentou que o novo texto permite que esse tribunal decida sobre a constitucionalidade de uma lei antes de sua aprovação no Parlamento, e não depois, como era feito no passado.

A câmara alta exerce todo o poder legislativo já que a baixa foi dissolvida em junho por ordem do Constitucional, que considerou sua composição ilegal porque os partidos apresentaram candidatos para as cadeiras que estavam reservadas aos independentes. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoEleiçõesLegislação

Mais de Mundo

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países