Acompanhe:

Tribunal do Zimbábue confirma eleição do presidente Mnangagwa

Oposição havia feito um pedido para a Justiça anular o resultado da eleição presidencial; o Tribunal rejeitou a petição, ratificando a vitória de Mnangagwa

Modo escuro

Continua após a publicidade
População do Zimbábue: País realizou eleições presidencial e legislativas após quase quatro décadas de domínio do presidente Robert Mugabe, destituído no ano passado (Philimon Bulawayo/Reuters)

População do Zimbábue: País realizou eleições presidencial e legislativas após quase quatro décadas de domínio do presidente Robert Mugabe, destituído no ano passado (Philimon Bulawayo/Reuters)

A
AFP

Publicado em 24 de agosto de 2018 às, 14h25.

O Tribunal Constitucional do Zimbábue rejeitou nesta sexta-feira o pedido da oposição de anular o resultado da eleição presidencial, ratificando a vitória do presidente Emmerson Mnangagwa.

"A petição (da oposição) foi rejeitada (...) Emmerson Mnangagwa é declarado o vencedor da eleição presidencial", anunciou o presidente do Tribunal Constitucional, Luke Malaba.

"Em análise definitiva, o Tribunal considera que o autor do pedido não apresentou provas claras, diretas, suficientes e confiáveis", explicou o alto magistrado.

A decisão do mais alto tribunal do Zimbábue desqualifica, portanto, os argumentos do Movimento de oposição para a Mudança Democrática (MDC), que obteve 44,3% dos votos de acordo com o resultado oficial.

O partido do presidente Mnangagwa, ZANU-PF, ganhou 50,8% dos votos, resultado que foi produto de fraude "massiva", segundo a oposição.

A decisão do tribunal era aguardada com ansiedade pelos observadores, num país que realizou eleições presidencial e legislativas após quase quatro décadas de domínio do presidente Robert Mugabe, destituído no ano passado.

Mnangagwa estendeu a mão para a oposição através de uma mensagem no Twitter. "Reitero meu apelo por paz e harmonia acima de tudo", escreveu, acrescentando: "chegou a hora de olhar para frente juntos".

Eleito presidente em novembro de 2017 após a revolta interna do partido no governo e do exército, Mnangagwa prevaleceu nas eleições do 30 de julho contra Nelson Chamisa, seu adversário do MDC.

Os advogados do MDC defenderam sua reivindicação perante os nove juízes do tribunal em uma sessão transmitida ao vivo pelos canais de televisão estatais, fato inédito no país.

"Somos confrontados a uma tentativa grosseira de manipulação", denunciou um dos advogados, Thabani Mpofu, que disse que "novas eleições são inevitáveis".

Os advogados de Mnangagwa rejeitaram essas acusações como "falsas".

"Este pedido de anulação não tem um fundamento sério", declarou o advogado Lewis Uriri, em defesa do presidente cessante.

A campanha eleitoral foi mais transparente e menos violenta do que nas eleições anteriores, pontuada pela intimidação do governo contra seus adversários.

Mas surgiu novamente o espectro do regime autoritário de Mugabe quando uma manifestação da oposição foi reprimida pelo exército dois dias após as eleições.

No entanto, os observadores internacionais não constataram grandes manipulações ou fraudes eleitorais.

A delegação de observadores da União Europeia se limitou a denunciar uma "desigualdade de oportunidades" entre o presidente cessante e seus rivais, em particular, em relação à sua presença na mídia pública.

O processo movido pela oposição fez com que a cerimônia de posse de Mnangagwa, marcada para 12 de agosto, fosse adiada e agora deve ser realizada no domingo.

Últimas Notícias

Ver mais
Portugal: Centro-direita faz acordo com socialistas para destravar votação para o Legislativo
Mundo

Portugal: Centro-direita faz acordo com socialistas para destravar votação para o Legislativo

Há um dia

Como ser mesário: o que faz e como trabalhar nas eleições 2024
Guia do Cidadão

Como ser mesário: o que faz e como trabalhar nas eleições 2024

Há 2 dias

PL lança nome em Campo Grande e pode separar palanques de Bolsonaro e Tereza Cristina
Brasil

PL lança nome em Campo Grande e pode separar palanques de Bolsonaro e Tereza Cristina

Há 2 dias

Pela primeira vez, Brasil questiona inabilitação de candidata da oposição na Venezuela
Mundo

Pela primeira vez, Brasil questiona inabilitação de candidata da oposição na Venezuela

Há 2 dias

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais