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Tratamento de Chávez limita protagonismo internacional

Cúpula das Américas é a última grande reunião à qual Chávez não conseguiu comparecer

Governante passou por uma nova cirurgia para extração de tumor canceroso, decorrente do câncer que já havia operado em junho (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de abril de 2012 às 21h12.

Caracas - O presidente da Venezuela , Hugo Chávez, dá continuidade as sessões de radioterapia às quais se submete há mais de três semanas em Cuba e que o obrigou a diminuir o ritmo, limitando assim seu protagonismo no cenário internacional.

Após dias de conjeturas e inclusive após ter sido confirmada sua presença pelo governo colombiano, Chávez desembarcou no sábado em Cuba para dar continuidade ao seu tratamento, sem passar por Cartagena de Indias, na Colômbia, onde estava ocorrendo a Cúpula das Américas.

''Você consegue pensar que Nicolás (Maduro, chanceler da Venezuela) fosse capaz de passar uma informação que não tivesse sido combinada com Chávez?'', respondeu nesta segunda-feira o dirigente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Aristóbulo Istúriz, ao ser questionado pela ausência do presidente venezuelano na cúpula continental.

Istúriz, vice-presidente da Assembleia Nacional, garantiu que o governante venezuelano se manteve ''em contato permanente com os que estavam tomando as decisões''.

''Muito bem, Aristóbulo! Bem pelo PSUV!'', indicou hoje Chávez em uma das suas poucas mensagens publicadas em seu perfil da rede social Twitter após viajar para Cuba no sábado, no mesmo dia em que foi oficializada sua ausência na reunião de Cartagena.

Além da forma como participou ou deixou de participar, o certo é que a Cúpula das Américas é a última grande reunião à qual Chávez não conseguiu comparecer.

Em 26 de fevereiro, o governante passou por uma nova cirurgia para extração de tumor canceroso, decorrente do câncer que já havia operado em junho.


O presidente venezuelano não assistiu no ano passado à Cúpula Ibero-Americana de Assunção; à Cúpula da União das Nações Sul-americanas (Unasul) no Peru, e à Assembleia Geral das Nações Unidas, entre outros eventos do calendário internacional da região.

Ele compareceu, no entanto, à cúpula de fundação da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (CELAC), à 42ª Cúpula de Chefes do Estado do Mercosul, também em dezembro, e à Cúpula da Aliança Bolivariana para os povos da América (Alba) de fevereiro.

Na opinião dos analistas como María Teresa Romera, professora da Universidade Central da Venezuela, a ausência de Chávez condiciona completamente a política externa da Venezuela.

''É uma política externa personalista, como todo seu projeto, como toda sua gestão, foi estabelecida a partir de seu prisma, tudo que ele diga ou deixe de dizer e o fato de não estar presente afeta toda sua política externa'', assinalou em entrevista a Efe.

O especialista indicou que essa ausência não afeta somente a Venezuela, mas projetos como o da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) criada e impulsionada por Chávez e outros programas intimamente ligados ao impulso pessoal do governante.

Enquanto isso, no âmbito nacional, a doença de Chávez segue dominando o debate político e nesta segunda-feira seus principais colaboradores voltaram a reivindicar o direito do governante de fazer tratamento em Cuba.

A Assembleia Nacional aprovou no sábado o afastamento do chefe de Estado por mais de cinco dias em uma sessão na qual deputados da oposição calcularam que as viagens de Chávez a Cuba já custaram ao país mais de US$ 1,7 milhão.

O vice-presidente venezuelano, Elías Jaua, justificou nesta segunda-feira as críticas dos opositores.

''Essa droga de oposição questionou no sábado por que Chávez está se tratando em Cuba. Bom, porque Chávez é um dos 50 mil venezuelanos que foi a Cuba fazer tratamento gratuitamente graças a generosidade do povo cubano e do governo cubano'', afirmou.

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Caracas - O presidente da Venezuela , Hugo Chávez, dá continuidade as sessões de radioterapia às quais se submete há mais de três semanas em Cuba e que o obrigou a diminuir o ritmo, limitando assim seu protagonismo no cenário internacional.

Após dias de conjeturas e inclusive após ter sido confirmada sua presença pelo governo colombiano, Chávez desembarcou no sábado em Cuba para dar continuidade ao seu tratamento, sem passar por Cartagena de Indias, na Colômbia, onde estava ocorrendo a Cúpula das Américas.

''Você consegue pensar que Nicolás (Maduro, chanceler da Venezuela) fosse capaz de passar uma informação que não tivesse sido combinada com Chávez?'', respondeu nesta segunda-feira o dirigente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Aristóbulo Istúriz, ao ser questionado pela ausência do presidente venezuelano na cúpula continental.

Istúriz, vice-presidente da Assembleia Nacional, garantiu que o governante venezuelano se manteve ''em contato permanente com os que estavam tomando as decisões''.

''Muito bem, Aristóbulo! Bem pelo PSUV!'', indicou hoje Chávez em uma das suas poucas mensagens publicadas em seu perfil da rede social Twitter após viajar para Cuba no sábado, no mesmo dia em que foi oficializada sua ausência na reunião de Cartagena.

Além da forma como participou ou deixou de participar, o certo é que a Cúpula das Américas é a última grande reunião à qual Chávez não conseguiu comparecer.

Em 26 de fevereiro, o governante passou por uma nova cirurgia para extração de tumor canceroso, decorrente do câncer que já havia operado em junho.


O presidente venezuelano não assistiu no ano passado à Cúpula Ibero-Americana de Assunção; à Cúpula da União das Nações Sul-americanas (Unasul) no Peru, e à Assembleia Geral das Nações Unidas, entre outros eventos do calendário internacional da região.

Ele compareceu, no entanto, à cúpula de fundação da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (CELAC), à 42ª Cúpula de Chefes do Estado do Mercosul, também em dezembro, e à Cúpula da Aliança Bolivariana para os povos da América (Alba) de fevereiro.

Na opinião dos analistas como María Teresa Romera, professora da Universidade Central da Venezuela, a ausência de Chávez condiciona completamente a política externa da Venezuela.

''É uma política externa personalista, como todo seu projeto, como toda sua gestão, foi estabelecida a partir de seu prisma, tudo que ele diga ou deixe de dizer e o fato de não estar presente afeta toda sua política externa'', assinalou em entrevista a Efe.

O especialista indicou que essa ausência não afeta somente a Venezuela, mas projetos como o da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) criada e impulsionada por Chávez e outros programas intimamente ligados ao impulso pessoal do governante.

Enquanto isso, no âmbito nacional, a doença de Chávez segue dominando o debate político e nesta segunda-feira seus principais colaboradores voltaram a reivindicar o direito do governante de fazer tratamento em Cuba.

A Assembleia Nacional aprovou no sábado o afastamento do chefe de Estado por mais de cinco dias em uma sessão na qual deputados da oposição calcularam que as viagens de Chávez a Cuba já custaram ao país mais de US$ 1,7 milhão.

O vice-presidente venezuelano, Elías Jaua, justificou nesta segunda-feira as críticas dos opositores.

''Essa droga de oposição questionou no sábado por que Chávez está se tratando em Cuba. Bom, porque Chávez é um dos 50 mil venezuelanos que foi a Cuba fazer tratamento gratuitamente graças a generosidade do povo cubano e do governo cubano'', afirmou.

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