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Trabalhistas britânicos iniciam campanha com dúvidas sobre Brexit

"A questão agora é que tipo de Brexit queremos", disse o líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn

Corbyn: Theresa May adiantou as eleições de 2020 para junho próximo, com a intenção de aumentar sua maioria absoluta na Câmara dos Comuns (Phil Noble/Reuters)
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AFP

Publicado em 9 de maio de 2017 às 16h52.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, inaugurou oficialmente nesta terça-feira a campanha para as eleições legislativas de 8 de junho, mas logo se viu envolvido em uma polêmica por sua posição sobre o Brexit .

A primeira-ministra Theresa May adiantou as eleições de 2020 para junho próximo, com a intenção de aumentar sua maioria absoluta na Câmara dos Comuns e fortalecer sua posição antes de começar a negociar o divórcio da União Europeia (UE).

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"Essas eleições não são sobre o Brexit", disse Corbyn em seu encontro em Manchester, no noroeste da Inglaterra.

"Esse tema está abandonado", acrescentou, confirmando que não haverá um segundo referendo.

"A questão agora é que tipo de Brexit queremos, e que tipo de país queremos que o Reino Unido seja depois do Brexit", ressaltou.

Corbyn, no entanto, se complicou quando, pouco depois, em uma entrevista à BBC, se negou em cinco ocasiões a responder "sim" ou "não" à pergunta sobre se o Reino Unido deixaria a UE caso ele ganhasse as eleições.

Uma fonte do partido explicou depois à AFP que não há dúvidas de que o país abandonará a UE, e que Corbyn respeita o resultado do referendo de 23 de junho de 2016.

Os conservadores de May aproveitaram a ocasião para criticar Corbyn por suas aparentes hesitações, e o ministro encarregado de negociar o Brexit, David Davis, insinuou que o líder trabalhista não é a melhor escolha para negociar com Bruxelas.

"A incoerência caótica da posição de Jeremy Corbyn sobre o Brexit, faria que os outros 27 países da UE o massacrassem nas negociações", afirmou Davis.

A última pesquisa publicada sobre as eleições de 8 de junho, elaborada pela ICM para o jornal The Guardian, revela uma intenção de voto de 49% para os conservadores, 27% para os trabalhistas e 9% para os liberal-democratas.

Trata-se da maior vantagem conservadora em uma pesquisa da ICM desde 1983.

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