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Tirem seus narizes da Venezuela, diz Maduro aos EUA depois de país dizer que Urrutia ganhou eleições

O secretário de Estado dos EUA divulgou um comunicado dizendo que o governo americano concluiu, com base em "provas contundentes", que o candidato da oposição foi o vencedor em 28 de julho

Venezuelan President Nicolas Maduro speaks during a rally at the Miraflores presidential palace in Caracas on July 30, 2024. Venezuela braced for new demonstrations after four people died and dozens were injured on the eve when the authorities broke up protests against President Nicolas Maduro's claim of victory in the country's hotly disputed weekend election. (Photo by Federico Parra / AFP) (Federico Parra/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 06h29.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta quinta-feira, 1º,  aos Estados Unidos que "tirem seus narizes" do país sul-americano após declararem que o candidato opositor Edmundo González Urrutia foi o vencedor da eleição presidencial do último domingo, apesar de o órgão eleitoral ter declarado a vitória do atual governante.

"Os Estados Unidos deveriam tirar seus narizes da Venezuela, porque é o povo soberano que governa na Venezuela, que coloca, que escolhe, que diz, que decide", disseMaduro.

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Pouco antes, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, divulgou um comunicado no qual disse que o governo americano concluiu, com base em "provas contundentes", que González Urrutia foi o vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho no país sul-americano.

Em resposta, Maduro disse: "O processo na Venezuela, legal, constitucional e institucionalmente, ainda não foi concluído, e os Estados Unidos dizem hoje que têm as atas e as provas".

Ele também reiterou a denúncia de que o sistema eleitoral "sofreu um ataque brutal" com o objetivo de "impedir os resultados das eleições", razão pela qual apresentou um recurso à Câmara Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para esclarecer "tudo o que precisa ser esclarecido" sobre as eleições.

Nesta quinta-feira, a Câmara Eleitoral do mais alto tribunal venezuelano aceitou o recurso e anunciou uma investigação a fim de "certificar, de forma irrestrita, os resultados" das eleições, para as quais convocou os 10 candidatos a comparecerem em 2 de agosto.

Maduro disse que espera que "todos compareçam" e fez uma referência especial a González Urrutia.

"Espero que esse senhor tenha a coragem mínima (...) necessária para assumir posições políticas e comparecer à convocação obrigatória do TSJ, onde veremos os rostos uns dos outros", afirmou.

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O presidente venezuelano disse que, em uma conversa com a presidente do Supremo e também chefe da Câmara Eleitoral, Caryslia Rodríguez - uma simpatizante declarada do governo e entusiasta do chavismo -, ele disse que as autoridades estão "preparadas" para apresentar todas as atas de votação, "até a última".

Por sua vez, a maior coalizão de oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), afirma ter mais de 80% das folhas de contagem graças ao trabalho de testemunhas e membros das seções eleitorais, e que elas apontam a vitória de seu candidato, González Urrutia.

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