A guerra eleitoral contra o terror
Os candidatos à presidência dos Estados Unidos Donald Trump e Hillary Clinton se colocam em lados cada vez mais opostos na trincheira. O maior tiroteio da história dos Estados Unidos, que deixou 49 pessoas mortas numa boate LGBT em Orlando, fez cada um assumir uma frente de combate. De um lado, Trump generaliza o ódio […]
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2016 às 19h52.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h29.
Os candidatos à presidência dos Estados Unidos Donald Trump e Hillary Clinton se colocam em lados cada vez mais opostos na trincheira. O maior tiroteio da história dos Estados Unidos, que deixou 49 pessoas mortas numa boate LGBT em Orlando, fez cada um assumir uma frente de combate. De um lado, Trump generaliza o ódio aos imigrantes; do outro, Hillary personaliza o cerco às armas no país.
Em entrevista coletiva, o empresário atacou a candidata pessoalmente, afirmando que “ela não faz nenhuma ideia do que é o radicalismo islâmico”, defendeu a expulsão de imigrantes do país e sugeriu maior vigilância nas mesquitas. A advogada, por sua vez, clamou por uma regulação mais incisiva do porte de armas, sugeriu uma parceria público-privada de caça aos “terroristas solitários” e criticou o papel da Arábia Saudita, do Qatar e do Kuwait como financiadores do extremismo no Oriente Médio.
O acirramento entre os dois candidatos fez com que o presidente Barack Obama, que declarou seu apoio a Hillary na semana passada, precisasse intervir como mediador. Após o atentado, ele afirmou na Casa Branca que tanto o combate ao terrorismo quanto o controle de armas são importantes para prevenir massacres futuros e para combater o extremismo que tem sido cultivado entre americanos.
Nem o presidente escapou das farpas de Trump, que acusou-o de ser “simpático ao terrorismo”. Faíscas à parte, o embaixador das Nações Unidas John Bolton condenou a política americana de combate ao terrorismo, alegando que, enquanto Obama continuar a ignorar o avanço do extremismo islâmico, que se tornou uma ameaça internacional, o terrorismo jamais será combatido. Um tema que não foi solucionado pelo atual governo e, agora, se torna decisivo para o próximo.