Terremoto que matou 300 mil no Haiti faz 10 anos
Desastre agravou as condições de miséria do país mais pobre das Américas. Um milhão e meio de pessoas ficaram desabrigadas
Agência Brasil
Publicado em 12 de janeiro de 2020 às 10h42.
Última atualização em 12 de janeiro de 2020 às 11h04.
O terremoto que devastou o Haiti e deixou cerca de 300 mil mortos e mais 300 mil feridos faz hoje (12) 10 anos. O terremoto agravou as condições de miséria do país mais pobre das Américas. Um milhão e meio de pessoas ficaram desabrigadas.
No dia 12 de janeiro de 2010, uma terça-feira, a cidade de Porto Príncipe, capital do Haiti, ficou coberta de poeira por causa de um terremoto, de magnitude 7 na escala Ritcher, cujo epicentro foi na península de Tiburon, a cerca de 25 quilômetros da cidade e profundidade de 10 quilômetros.
O terremoto é considerado o quinto mais grave da história mundial. Destruiu a maior parte da capital haitiana, incluindo o prédio da sede do governo (Palácio Presidencial), a sede do Banco Mundial e a catedral de Notre-Dame de Porto Príncipe.
A sede da missão da ONU de paz e estabilização no Haiti, a Minustah (sigla em francês de Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti), também desabou e causou a morte de diversos funcionários das Nações Unidas, inclusive o chefe da missão, o diplomata tunisiano Hédi Annabi. Naquele momento, havia 1.200 soldados brasileiros atuando na missão.
A brasileira Zilda Arns, pediatra coordenadora da Pastoral da Criança, também morreu na ocasião, quando falava sobre o cuidado com a saúde infantil, por causa do desabamento da igreja onde fazia a palestra.
No dia 12 de janeiro de 2010, um forte terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o país, matando 250 mil pessoas e deixando cerca de 1,5 milhão desabrigadas. O epicentro foi a poucos quilômetros da capital, Porto Príncipe, onde inúmeros edifícios foram destruídos, incluindo o palácio presidencial, sede do governo.
Haiti, Indonésia, Japão e Chile: o que esses países têm em comum? Terremotos colossais que deixaram sequelas difíceis de se superar e prejuízos econômicos sem precedentes. Catástrofes naturais causadas por fenômenos geofísicos são o quarto maior risco ambiental para o mundo, de acordo com a pesquisa. “Terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas e tempestades geomagnéticas causam enormes danos materiais e perdas humanas”, diz o estudo.
São Paulo - O país mais pobre do hemisfério ocidental é também um dos mais vulneráveis às alterações no clima. Em janeiro deste ano, um forte terremoto de magnitude 7,0 na escala Richter atingiu o Haiti, deixando 250 mil mortos e outros 1,5 milhão de desabrigados. O abalo deixou a capital Porto Príncipe em frangalhos.
Segundo um estudo da Universidade do Havaí, nos Estados Unidos, o aquecimento global, também poderá aumentar em até 60% a incidência de ciclones na região até o fim deste século - um dos efeitos do El Niño que aumenta os níveis do mar do pacífico. O Haiti tem sua situação agravada pelo declínio na qualidade da água e pelo crescente risco da falta de alimentos e de energia.
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Após a tragédia, o país, passou por sucessivas crises, inclusive um surto de cólera dez meses após o tremor. Milhares de pessoas foram afetadas pela doença e mais de 9 mil morreram.
Atualmente, o Haiti tem 70% da população na miséria, com renda menor que US$ 2,4 por dia, e o país está em recessão.
*Com informações da TV Brasil e do Radiojornalismo da EBC