Mundo

Talibã afegão condena intervenção francesa no Mali

Os insurgentes alertam que esta ação teria consequências desastrosas


	Soldado francês se prepara para dirigir veículo blindado em Mali: a França iniciou ataques aéreos na sexta-feira para apoiar o exército do Mali em uma operação contra rebeldes
 (REUTERS / Andrew Winning)

Soldado francês se prepara para dirigir veículo blindado em Mali: a França iniciou ataques aéreos na sexta-feira para apoiar o exército do Mali em uma operação contra rebeldes (REUTERS / Andrew Winning)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 20h24.

Os insurgentes talibãs do Afeganistão condenaram nesta terça-feira a intervenção militar da França no Mali, alertando que esta ação teria consequências desastrosas.

A França, que retirou suas últimas tropas de combate do Afeganistão em dezembro, iniciou ataques aéreos na sexta-feira para apoiar o exército do Mali em uma operação contra rebeldes islâmicos e está enviando tropas para o país do oeste africano.

O grupo talibã afirmou em um comunicado em seu site que a França deveria ter aprendido as lições com as guerras fracassadas no Afeganistão e no Iraque.

"Quando a França iniciou seu processo de retirada do Afeganistão nos últimos tempos, parecia que o governo francês iria expandir sua posição contrária à guerra para outras regiões do mundo", afirmou o porta-voz Zabihullah Mujahid.

"No entanto, rompeu seu compromisso com a paz ao transgredir militarmente no solo da nação do Mali", ressaltou.

Os islamitas talibãs travaram uma guerra de 11 anos com as forças das Otan, lideradas pelos Estados Unidos, no Afeganistão, e continuam ativos num momento em que as tropas estrangeiras se preparam para sair do país até o fim de 2014.

"A França lançou uma guerra contra a nação muçulmana do Mali sem ter qualquer jurisdição legal", disse o grupo talibã, convocando os governos e as organizações globais a "pararem tais transgressões".

A intervenção será desastrosa "não apenas para o Mali, mas também para a França", afirmaram no comunicado.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDiplomaciaEuropaFrançaGuerrasMaliPaíses ricos

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô