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Tadjiquistão aprova que presidente se perpetue no poder

No referendo, segundo os dados oficiais, participaram 92% dos cidadãos do censo eleitoral, cifrado em pouco mais de 4 milhões de pessoas


	Mulher vende frutas no Tadjiquistão: segundo os dados oficiais, participaram 92% dos cidadãos do censo eleitoral, cifrado em pouco mais de 4 milhões de pessoas
 (Steve Evans/ Wikimedia Commons)

Mulher vende frutas no Tadjiquistão: segundo os dados oficiais, participaram 92% dos cidadãos do censo eleitoral, cifrado em pouco mais de 4 milhões de pessoas (Steve Evans/ Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2016 às 08h43.

Moscou - Quase 95% dos cidadãos do Tadjiquistão respaldaram no referendo de domingo as reformas constitucionais que permitem ao presidente Emomali Rakhmov se perpetuar no poder, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Comissão Eleitoral Central (CEC) dessa antiga república soviética na Ásia Central.

"A favor das emendas à Constituição votaram 3.814.447 cidadãos, ou seja 94,5% dos participantes da consulta", anunciou o presidente da CEC, Bajtiyor Judoyorozoda, à agência russa "Interfax".

No referendo, segundo os dados oficiais, participaram 92% dos cidadãos do censo eleitoral, cifrado em pouco mais de 4 milhões de pessoas.

Os cidadãos aprovaram um pacote de 41 reformas constitucionais, nas quais destaca-se a derrogação do teto de dois mandatos presidenciais para o "líder de nação", Rajmón, no poder desde 1992.

Esta é a segunda reforma constitucional que permite que Rajmón Rakhmov burle as limitações de mandatos, já que em 2003 introduziu emendas para seguir no poder até o final desta década.

Além disso, os cidadãos aprovaram reduzir de 35 a 30 anos a idade mínima requerida para que um candidato concorra à presidência, o que disparou os rumores de que Rajmón está aplainando o caminho a seu filho mais velho, Rustam, de 29 anos.

Ou seja, em 2020 o filho de Rkhmov terá 33 anos, por isso que estará legitimado para herdar o cargo.

As emendas constitucionais se somam a outra lei aprovada em dezembro na qual recebeu o título de "líder da nação", o que colocou o presidente "acima da Carta Magna" e garantiu para sua família imunidade vitalícia.

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